Com dor ‘insuportável’ 24h, policial que perdeu a perna agradece por estar vivo
Amputação abaixo do joelho foi necessária após acidente entre moto e carro no cruzamento da rua Ceará
Era para ser um primeiro dia de férias tranquilo, para o policial civil Maki Carvalho Lanzarini, 33 anos. Ele tinha ido jantar com a namorada em um espetinho e retornava para casa que fica na Vila Nasser, quando foi atingido por um Volkswagen Voyage, no cruzamento da rua Ceará com a Amazonas, na última quarta-feira (14).
O motorista do carro desrespeitou o semáforo que já tinha fechado quando atropelou o casal. Com a colisão, o pé de Maki foi amputado e ficou preso apenas pela pele. “Na hora eu já vi que tinha amputado. O Corpo de Bombeiros chegou muito rápido, em menos de 4 minutos. Eu já estava apagando por falta de sangue”, relembra o policial.
Levado para a Santa Casa de Campo Grande, Maki passou por cirurgia e foi preciso amputar a perna abaixo do joelho. “É dor 24h por dia. Estão tratando com morfina. Mas a dor é insuportável. Mas estou tranquilo, porque eu sabia que tinha risco de morte. Estou feliz por estar vivo”.
Querido por todos que o conhecem, Maki está recebendo muito carinho de amigos e familiares. Ele agradeceu as doações de sangue que está recebendo após campanha da Polícia Civil, do moto clube e da igreja que frequenta.
A expectativa é receber alta médica após cinco dias da cirurgia, ou seja, a partir da próxima segunda-feira (19). “Tá sendo muito bom receber tanto apoio e carinho. Logo vou estar com uma daquelas próteses de perna de correr”, brincou.
O acidente - O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (14). De acordo com as informações que constam em boletim de ocorrência, o motorista do carro Volkswagen Voyage contou que trafegava pela Rua Ceará, quando no cruzamento com a Amazonas, bateu a frente na lateral direita da moto BMW F700, conduzida pelo policial com a namorada na garupa.
Informações são de que o carro furou o sinal vermelho. Ambos os veículos tiveram muitos danos. O policial e a esposa receberam atendimento do Corpo de Bombeiros e, naquele momento, já foi constatada uma lesão grave no pé direito do agente.
Já a mulher não apresentava ferimentos graves. O motorista do carro foi submetido ao teste do bafômetro, que não constatou embriaguez.
Ele foi conduzido para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol, apenas para prestar esclarecimentos. O caso é tratado como praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.
A arma do policial, uma pistola 9 mm (milímetros), foi encontrada no local do acidente e ficou sob responsabilidade de um sargento do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), que a entregou na delegacia. Os dois condutores possuem carteira de habilitação.
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