Comissão vai acompanhar auditoria em dívida da prefeitura com a Solurb
Após se reunirem por cerca de 3h em audiência de conciliação convocada pelo juiz da 4ª Vara de Fazenda e Registros Públicos de Campo Grande, Alexandre Tsuyoshi Ito, na tarde desta quinta-feira (22), a Prefeitura de Campo Grande e o consórcio CG Solurb decidiram selar um acordo na tentativa de por fim ao impasse, que vem causando transtorno aos moradores, com a suspensão na coleta de lixo. Ficou definido que, até o dia 22, uma comissão, composta por município e empresa, deve ser criada com o objetivo de fazer uma auditória nas faturas em atraso e posteriormente definir as formas de pagamento.
De acordo com o procurador-geral do município, Denir de Souza Nantes, o município questiona os valores referentes aos serviços executados pela empresa nos meses de junho, julho e agosto, atestadas ainda na gestão do prefeito cassado Gilmar Olarte (PP). Segundo Denir, as três faturas deverão passar pelo crivo da comissão.
O procurador ressalta que as faturas dos meses subsequentes (setembro e outubro) já estão sendo analisadas e, caso não haja nenhuma inconformidade, devem ser pagas nos próximo meses.
Conforme o advogado da concessionário CG Solurb, Márcio Torres, as faturas que estão sendo questionadas pela prefeitura representam um montante de aproximadamente R$23 milhões e apesar de negar qualquer irregularidade, o advogado afirma que não há nenhuma objeção por parte da empresa em submeter as faturas a uma nova análise.
“A transparência é a essência do contrato. E vamos mostrar que não tem nada de errado com os valores, até porque todos os serviços foram prestados pela empresa. Apesar disso, a gente está comprometido em manter todos os serviços e podemos garantir que não teremos novas paralisações, por enquanto”, declarou.
O presidente do Steac (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação), Wilson da Costa, que também esteve presente na reunião, disse que foi demostrado uma boa vontade por parte da prefeitura e da Solurb em entrar em um acordo e que a medida dá tranquilidade aos trabalhadores, que a cada início de mês, estão vivendo um dilema na espera por salários.
“A gente espera que caminhe para uma solução e que a gente possa respirar mais aliviado e não ficar mais na tensão de todo início do mês os trabalhadores correrem o risco de ficar sem salário”, finalizou.