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Capital

Defesa tenta evitar júri popular para mãe acusada de matar filha de três anos

Viviane Oliveira | 23/11/2011 21:47

No depoimento, que durou quase 2 horas, ela afirma que a filha morreu vítima de acidente doméstico

Renata saindo do interrogatório acompanhada de seu advogado de defesa. (Foto: Pedro Peralta)
Renata saindo do interrogatório acompanhada de seu advogado de defesa. (Foto: Pedro Peralta)

Acusada de matar a filha, Rafaela Dutra de Oliveira, de 3 anos, em 28 de fevereiro do ano passado, em Campo Grande, Renata Dutra de Oliveira foi interrogada na tarde desta quarta-feira (23) pelo juiz Alexandre Ito, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

No depoimento que durou quase duas horas, ela afirma que a filha morreu vítima de acidente doméstico. Segundo Renata, ela e Handerson Cândido ferreira, padrasto da vítima também acusado de matar a menina, apenas corrigia a criança com palmadas.

Segundo o advogado de Renata, Edison Costa Fonseca, ainda tem varias fases processuais para serem investigadas. A defesa alega que a denúncia se enquadra no crime de maus-tratos e não homicídio qualificado.

“Nosso objetivo é desclassificar o crime de homicídio para maus-tratos. Foi feito o requerimento agora vamos aguardar a resposta do juiz, disse o advogado.

Esta foi a última audiência sobre o caso. Agora a justiça vai decidir se Renata vai à júri popular ou não. Essa decisão deve durar aproximadamente 30 dias.

Padrasto - Handerson, padrasto da vítima que na época era casado com Renata, também é acusado de matar a menina e foi interrogado por carta precatória no dia 31 de agosto, em Coxim. O processo de Renata e Harderson corre junto.

Rafaela foi morta por causa de ferimentos causados por agressões. Laudo necroscópico apontou que a criança agonizou por pelo menos 24 horas antes de morrer. Ela teve lesão no cérebro e vários hematomas pelo corpo.

A família morava na rua Bodoquena, no bairro Amambaí, em Campo Grande. O casal chegou a ser preso em março de 2010, mas está em liberdade desde maio do ano passado.

O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o casal por homicídio qualificado, por meio cruel e impossibilidade da defesa, com o agravante da vítima ser menor de 14 anos e filha.

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