Depois da chuva, dia é de encarar pedras e lama em ruas do Nova Lima
A enxurrada desce da parte alta do bairro, deixando no asfalto uma cobertura de barro, oriundo das vias de terra
Depois da tempestade, pedra e lamas. Essa é a crônica da chuva na Rua Marquês de Herval, uma das principais vias no bairro Nova Lima. Na manhã desta quarta-feira (dia 13), quando o tempo chuvoso já tinha dado uma trégua, pedestres, ciclistas e veículos precisavam lidar com as pedras no caminho.
A enxurrada desce da parte alta do bairro, deixando no asfalto uma cobertura de barro, oriundo das vias de terra. Os motociclistas suspendem as pernas para não se molharem, enquanto outros veículos vão pela contramão, o que é proibido.
No mesmo bairro, mas na Rua Dona Maria Isabel, a empregada doméstica Áurea Valdez dos Santos, 47 anos, precisou descer da bicicleta e empurrá-la pela calçada. Ela faz esse trajeto para ir ao trabalho. “Isso aqui está terrível, sem condições. Asfalta de um lado, de outro e fica assim” conta Áurea.
“Essa lama deixa o bairro feio”, diz Alcidina Freitas, 84 anos, que mora entre as ruas Dona Maria Isabel e Jerônimo de Albuquerque. “A Jerônimo não acumula barro e pedras. Mas na outra passa a enxurrada”. Ela mora há 15 anos no Bairro Nova Lima.
Das 5 h de ontem às 5h de hoje, foram registrados 100,6 mm (milímetros) de chuva em Campo Grande. O total já ultrapassou o volume de precipitação esperado para todo o mês, que era de 90 milímetros. O Nova Lima está no roteiro de obras de pavimentação e drenagem da prefeitura. Em fevereiro, foi divulgado investimento de R$ 20 milhões.
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