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Capital

Em chapa única, Jamil Name deve assumir Jockey Club e fala em reerguer hipódromo

Fabiano Arruda | 05/07/2011 07:48
Jamil mostra chapa homologada para disputa de eleição do Jockey Club. (Foto: João Garrigó)
Jamil mostra chapa homologada para disputa de eleição do Jockey Club. (Foto: João Garrigó)

A chapa intitulada “Renascimento”, encabeçada pelo empresário e pecuarista Jamil Name, foi homologada em cartório nesta segunda-feira e deve ser a única na eleição para a nova diretoria do Jockey Club, que ocorre na próxima sexta-feira. A chapa é composta, ao todo, por 43 nomes.

Name pode retornar ao cargo que ocupou na década de 80. Ele revela, prestes a ser eleito, que vai investir prioritariamente na reforma do local, que tem 50 hectares de área, e apresenta péssimas condições.

Funcionários que trabalham no local relatam que o abandono atrai usuários de drogas, que acabaram por depredar o jockey.

Jamil acusa a atual administração do hipódromo, comandada por Antonio Trindade Neto, de má gestão. E revela que pretende entregar o local reformado e pronto para sediar disputas no dia 26 de agosto, como parte das comemorações do aniversário da cidade.

Aos 72 anos, Name tem trajetória bastante conhecida em Campo Grande. Teve o nome envolvido na Operação Xeque Mate, da Polícia Federal, em 2007, na investigação sobre operação ilegal de jogos de azar no Estado. Em outro episódio, há três anos, a prefeitura de Campo Grande foi obrigada a pagar precatório humanitário ao empresário no valor de R$ 18 milhões.

A polêmica mais recente, em abril deste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) arquivou o processo que a Trilpc Consultoria e Participações Ltda, da família de Diego, ex-jogador do Santos, moveu contra os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho. A disputa judicial era por causa de arrendamento de terras e de gado, com parceria para a criação de bois. As famílias brigavam na justiça desde o ano passado por discordarem da decisão.

Agora, diz que teve a ideia em voltar à frente da administração do jockey pelo amor aos cavalos. “Corri o mundo inteiro e em todo lugar assisti corridas de cavalos. Está no sangue. Você morre com isso”, ilustrou, afirmando que quer resgatar o jockey o hipódromo que já foi o terceiro melhor do País.

Name não revela quanto será necessário para reformar o local. Disse apenas que fará o necessário e que certamente terá que fazer gastos do “próprio bolso”. Futuramente, os reparos serão feitos com receita própria, explica.

Entrada do hipódromo em péssimas condições retrata abandono.
Entrada do hipódromo em péssimas condições retrata abandono.

Outro projeto é colocar segurança “dia e noite” para proteger as dependências do local contra ação de vândalos ou usuários de drogas. Por conta disto, o jockey chegou a ser chamado de cracôlandia.

O empresário também conta que vai reivindicar, junto à Prefeitura, a indenização por duas ruas abertas em torno do jockey. “O prefeito tem a melhor boa vontade em fazer o acordo, reconhece a dívida. Ele vai ser um dos convidados do dia da inauguração”, declara.

Além das reformas, a nova diretoria terá de providenciar pelo menos 30 cavalos, puro sangue inglês ou quarto de milha, para as disputas até a data de inauguração. Os orçamentos estão sendo feitos às pressas em São Paulo e Paraná.

No momento em que receber disputas, as apostas devem voltar a agitar o hipódromo. A administração deverá cobrar 25% do valor apostado para os custos do local.

“O jockey vai sempre estar cheio, com corridas todo domingo. É um ambiente familiar e vai gerar empregos e diversão para a população”, empolga-se Jamil.

A eleição na sexta-feira começa às 9 horas e vai até as 18h. A gestão da nova chapa tem duração de dois anos.

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