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Capital

Em vistoria com MP, Conselho cita risco de interdição do Hospital Regional

Diligência foi realizada na tarde de hoje e serviu para constatar denúncias de superlotação e deficit de profissionais

Jones Mário e Mirian Machado | 15/06/2019 17:38
Durante vistoria, PAM do Hospital Regional atendia 16 pacientes em espaço que deveria comportar apenas sete (Foto: Kisie Ainoã)
Durante vistoria, PAM do Hospital Regional atendia 16 pacientes em espaço que deveria comportar apenas sete (Foto: Kisie Ainoã)

Representantes do Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) e do MPMS (Ministério Público Estadual) visitaram o PAM (Pronto Atendimento Médico) do HR (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, na tarde de hoje. A diligência serviu para constatar denúncias de superlotação e deficit de profissionais, problemas que, segundo o presidente do conselho, Sebastião Junior Duarte, já poderiam ter levado à interdição do local.

“Nós poderíamos ter entrado com um rito de interdição em alguns setores. Como conselho, nós temos esse poder. Só não fizemos isso porque sabemos que vai prejudicar mais ainda o atendimento”, disse.

O MPMS foi representado pela titular da 32ª Promotoria de Justiça, Filomena Fluminhan, que, junto com o Coren-MS, registrou atendimento de 16 pacientes em espaço que deveria acomodar sete na tarde de hoje. Segundo Duarte, apenas um enfermeiro e quatro técnicos atendiam no momento da vistoria, quando o ideal seria o dobro. Os problemas devem motivar ação civil pública.

“O problema do Regional é reorganização. Precisa de uma reorganização. A Santa Casa também tem superlotação, mas lá está mais reorganizado. Muita gente vem do interior para cá, porque não tem profissionais. O atendimento no Estado inteiro precisa ser revisto”, revelou o presidente do Coren-MS.

Sebastião Junior Duarte, presidente do Coren-MS, participou da diligência no HR (Foto: Kisie Ainoã)
Sebastião Junior Duarte, presidente do Coren-MS, participou da diligência no HR (Foto: Kisie Ainoã)

Ainda de acordo com Sebastião Junior Duarte, o deficit de profissionais no HR é de 300 enfermeiros, situação que, de acordo com ele, pode piorar caso não seja realizado novo concurso público. “O governo autorizou contratação sem concurso, por processo simplificado, mas os contratos vencem em outubro. Se não houver concurso até lá, serão demitidos 200 profissionais”, alertou.

A promotora Filomena Fluminhan preferiu não falar com a reportagem, mas, conforme o representante do Coren-MS, ela se reúne na próxima semana com o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, e com o diretor do HR, Márcio Eduardo de Souza Pereira.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do HR, que não respondeu até a publicação da matéria.

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