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Capital

Emocionada, tia de Mayana acompanha audiência e pede justiça

Aline dos Santos e Nadyenka Castro | 10/02/2011 09:58
Anderson e Willian respodem a processo por homicídio doloso e Kenneth por falso testemunho. (Foto: João Garrigó)
Anderson e Willian respodem a processo por homicídio doloso e Kenneth por falso testemunho. (Foto: João Garrigó)

“Não quero que outras famílias sofram o que estamos sofrendo”. A frase marcada pela emoção é de Marinez Sadim, de 52 anos, tia da acadêmica Mayana de Almeida Duarte, de 23 anos, que morreu vítima de acidente de trânsito no ano passado.

As lágrimas - que consumiam a maquiagem da corretora de seguros e eram contidas pelo lenço de papel - foram derrubadas durante toda a audiência sobre o caso, realizada hoje na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

“Acompanhar a audiência é uma forma de homenagear a Mayana. Não vim com o intuito de vingança, mas com o intuito de fazer justiça. Ela era praticamente minha filha”, conta. Sem filhos, Marinez auxiliou a irmã, mãe da jovem, na criação de Mayana.

O amor de mãe sustenta o pedido de Marinez. “As pessoas não podem sair correndo por ai afora. Estou sofrendo muito por isso”.

Hoje, o juiz Aluízio Pereira dos Santos ouviu cinco testemunhas do acidente. À tarde, as oitivas prosseguem. O acidente aconteceu na madrugada do dia 14 de junho do ano passado, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua José Antônio.

A jovem dirigia um Celta, que foi atingido por um Vectra, conduzido por Anderson de Souza Moreno, de 19 anos. A denúncia é que o Vectra disputava racha com um Uno, conduzido por Willian Jhonny de Souza Ferreira, de 25 anos.

Anderson e Willian respondem por homicídio com dolo eventual, isto é, quando não se tem a intenção de matar, mas se assume o risco em razão de conduta perigosa.

Eles negam a disputa do racha e que tenham “furado” o sinal vermelho. A versão dos acusados diverge do relato de testemunhas. Seguranças de prédios próximos ao local afirmam que ambos estavam em alta velocidade e que passaram no sinal vermelho, colidindo com o Celta.

Também é réu na ação Kenneth Gonçalves Pereira da Silva. Ele é amigo dos acusados e esteve com eles momentos antes do acidente. De acordo com a Polícia Civil, Kenneth mentiu em depoimento.

Ele declarou que Anderson não passou no sinal vermelho e que não havia ingerido bebidas alcoólicas. No entanto, a Polícia tem provas de que houve consumo de cerveja e tequila e que o semáforo estava verde para Mayana, e não para Anderson. Kenneth responde a processo por falso testemunho.

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