Enfermeiros surpreendem no fim do desfile com teatro da morte da classe
Grupo com 70 profissionais da saúde se mobiliza contra a decisão do STF de suspender novo piso salarial
Um grupo de 70 enfermeiros está na esquina da rua Barão do Rio Branco com a 13 de Maio, se organizaram para fazer parte do desfile cívico de 7 de Setembro durante grito dos excluídos, manifestantes que sempre aparecem ao final dos desfiles cívicos com alguma mensagem de protesto. A Polícia Militar trancou a rua para o grupo passar. Eles gritavam as palavras de ordem: "Se o piso não aprovar a enfermagem vai parar". Veja o vídeo abaixo:
Com caixão, faixas, cadeira de rodas, vestidos de jaleco e até ministros, eles vão encenar a morte da enfermagem. “Tendo em vista a liminar do ministro, nós faremos uma encenação de repúdio. Vamos encenar a enfermagem sendo escravizada e morrendo na prestação de serviços. Vamos entrar de surpresa”, afirmou Frank Valdez, representante do grupo nacional em defesa da enfermagem de Mato Grosso do Sul, os Gigantes da Enfermagem.
A manifestante Lícia Magna Félix, 49 anos, também irá participar do protesto. “Na verdade o ministro está questionando que nosso piso é inconstitucional. Acontecer do STF se intrometer numa lei, nunca aconteceu. A gente pretende mostrar que não vamos ficar calados. Não tem necessidade de provar nada, tudo já foi comprovado. Por que 70 dias? Só para passar as eleições?”, questionou.
Entenda - Todos são contra a decisão ministro do STF (Supremo Tribunal Federal ) Luis Roberto Barroso, que acatou o pedido de liminar de suspensão apresentado pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços), sobre constitucionalidade da Lei 14.434/2022, que garante novo piso nacional da categoria.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei ampara enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.
A decisão liminar de Barroso começará a ser julgada no plenário virtual do Supremo a partir de sexta-feira (9).