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Capital

Envolvidos em escândalo vão começar a depor na Polícia Federal em agosto

Aline dos Santos | 31/07/2015 11:31
No dia 9, equipes da PF e Receita foram a prédio, na rua Arthur Jorge,  onde funciona empresa de João Amorim. (Foto: Marcos Ermínio)
No dia 9, equipes da PF e Receita foram a prédio, na rua Arthur Jorge, onde funciona empresa de João Amorim. (Foto: Marcos Ermínio)

A análise dos material apreendido na operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal) contra um esquema de fraudes envolvendo empreiteiras, servidores públicos e políticos, deve ser encerrada em agosto. De acordo com a PF, a expectativa é que o trabalho seja  concluído em 30 dias e só então começa a fase de depoimento dos investigados. No entanto, se for necessário, a Polícia Federal pode pedir mais tempo à Justiça.

Além de documentos impressos, foram apreendidos HDs (memória de computadores) que exigem perícia e verificação individualizada dos arquivos. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o trabalho minucioso demanda tempo.

Uma força-tarefa também analisa contratos. De acordo com coordenador geral de investigação da CGU (Controladoria-Geral da União), Israel Carvalho, prossegue a verificação dos documentos apreendidos durante a operação, que cumpriu 19 mandados de busca em Campo Grande.

No dia 9, as equipes foram à mansão do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto; à residência do empresário João Amorim (dono da Proteco Construções Ltda), Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e empresas. Foram apreendidos 100 mil dólares, três mil euros, R$ 210 mil em espécie e R$ 195 mil em cheques. João Amorim foi preso por posse ilegal de arma e pagou fiança de R$ 10 mil.

A operação Lama Asfáltica revelou prejuízo de ao menos R$ 11 milhões aos cofres públicos, após análise de contratos no calor de R$ 45 milhões. Na lista estão a construção do aterro sanitário de Campo Grande, a pavimentação da MS-430 e da avenida Lúdio Coelho. A rodovia e a avenida foram executadas pela Proteco.

De acordo com relatório da PF, o esquema era liderado pelo empresário João Amorim, que é ligado ligado à Itel, empresa de informática de João Baird, apelidado de “Bill Gates Pantaneiro”. As investigações mostram manipulação nas medições de obras, direcionamento de licitação e propina.

O nome da ação faz referência ao insumo usado nas obras identificadas, como pavimentação e ações de tapa-buracos.

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