Erros revoltam moradores e adiam inauguração da Júlio de Castilho
Os inúmeros erros da obra de revitalização da Avenida Júlio de Castilho levaram a prefeitura a suspender a inauguração, que estava prevista para dia 15 de agosto deste ano. Os moradores e comerciantes locais estão revoltados com as modificações nas vias que deixarão o trânsito confuso e de difícil acesso aos bairros e centro da cidade.
O secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, afirmou que só vai entregar a obra após correção dos erros. Ele não tem previsão de quando poderá ser marcada uma nova data para inaugurar a obra.
Os moradores destacaram que a situação está critica nas ruas Brasília, Yokohama e Sagarana. De acordo com eles, após as modificações o acesso a estas vias ficou confuso e complicado, já que quem está do outro lado da Avenida (Júlio de Castilho) precisa percorrer um longo caminho para buscar um retorno. “Desta forma ficou péssimo, não estamos conseguindo chegar à Yokohama que ficou fechado para que vem do outro lado, esta alteração só nos prejudicou”, afirmou Josimar Lourenço, moto entregador.
O proprietário da loja Construa e Cia, Rafel de Almeida, localizada ao lado da Rua Brasília, ressaltou que o local ficou mal planejado e que fechou o acesso às pessoas dos bairros vizinhos a sua loja. “Está atrapalhando o meu comércio, gostaria de saber quem teve esta idéia que gerou este caos”, ressaltou ele.
Thiago Silva, dono da empresa Redzone, que fica na frente da Rua Sagarana, ponderou que não há lógica em tornar a via mão única e “fechar” o acesso para as pessoas que vem do aeroporto. “Este engenheiro que resolveu esta mudança não deve morar ou trabalhar por aqui, pois a situação ficou pior do que estava, a Júlio de Castilho ficou sem planejamento e ligação as outras regiões”, indicou ele.
O comerciante Ademar Maniero ressaltou que o trânsito na Avenida está uma “vergonha” e que a situação está semelhante a grandes cidades do país. “Esta parecendo São Paulo e Brasília, que existe um retorno a cada 1 km, eles complicaram sem motivo, faltou planejamento e estudo”, destacou ele.
Consertos – O secretário Semy Ferraz destacou que todo o projeto que está sendo executado pertence à antiga gestão e que a Júlio de Castilho é um exemplo do que não deve ser feito em uma obra. “Projeto mal feito e executado, vamos tentar consertar os inúmeros erros tanto no trânsito como nas ruas, iremos ouvir a população e fazer as adaptações necessárias”, ressaltou ele.