Stephanie e Christian entram no plenário para julgamento por morte de Sophia
Cadeira vazia foi deixada entre os réus, que serão julgados por homicídio qualificado
RESUMO
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O julgamento de Stephanie de Jesus Silva e Christian Campoçano Leitheim, acusados pela morte da menina Sophia de Jesus Ocampo, começou sob a presidência do juiz Aluizio Pereira dos Santos. O caso, que gerou grande comoção nacional, envolve a morte da criança, ocorrida em 26 de janeiro de 2023, e revela alegações de violência doméstica e abuso. O padrasto, Christian, alega que estava dormindo quando Stephanie o acordou informando que Sophia estava mal, enquanto a defesa de Stephanie argumenta que ela também era vítima de um relacionamento abusivo. A investigação revelou que a criança apresentava lesões e sinais de violência sexual, levando à acusação de homicídio qualificado contra Christian e homicídio doloso por omissão contra Stephanie.
Às 8h37, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Juri, iniciou a sessão de julgamento de Stephanie de Jesus Silva, 26 anos, e Christian Campoçano Leitheim, 27 anos, pela morte da menina Sophia de Jesus Ocampo, caso que causou comoção nacional.
Antes da entrada dos réus, o juiz voltou a falar que está proibida a transmissão ao vivo do julgamento como forma de preservar a vítima, por se tratar de criança que terá a morte devassada em depoimentos, áudios e vídeos. Sophia morreu no dia 26 de janeiro de 2023, aos 2 anos e 7 meses.
Em seguida, Stephanie e Christian entraram no plenário e se sentaram de frente para o corpo de jurados, posicionados do lado oposto.
Stephanie se sentou primeiro e Christian na ponta, deixando uma cadeira vazia entre os réus. Os dois apontam versões diferentes para o caso. Ele, padrasto da menina, diz que estava dormindo, sendo acordado por Stephanie com aviso de que Sophia estava passando mal.
A defesa de Stephanie diz que ela também era vítima de violência doméstica e não conseguiu se desvencilhar de relacionamento abusivo. Também diz que Christian não agredia a filha na sua frente.
A acusação – Na tarde do dia 26 de janeiro de 2023, a menina deu entrada na UPA do Bairro Coronel Antonino, no norte de Campo Grande, já sem vida. Inicialmente, a mãe, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou versão de que ela havia passado mal, mas investigação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local.
O atestado de óbito apontou que a garotinha morreu por sofrer trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica). Exame necroscópico também mostrou que a criança sofria agressões há algum tempo e tinha ruptura cicatrizada do hímen – sinal de que sofreu violência sexual.
Para a investigação policial e o MP, Sophia foi espancada até a morte pelo padrasto, depois de uma vida recebendo “castigos” físicos.
O padrasto será julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e praticado contra menor de 14 anos, além de responder por estupro de vulnerável. Já a mãe será julgada por homicídio doloso por omissão.
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