Estudante é estrangulado e principal suspeita é de crime passional
Uma das linhas de investigação para a morte do estudante de Publicidade, Lawrence Corrêa Biancão, 20 anos, é de crime passional, conforme apurou o Campo Grande News. A Polícia Civil vai pedir a quebra de sigilo telefônico para confirmar o horário e número de telefone que ligou para ele na madrugada do crime, pedindo para que se encontrassem na Orla Morena.
Lawrence foi encontrado estrangulado dentro do carro, um Fiesta prata, no início da tarde deste domingo, estacionado na Orla Morena, no bairro Cabreúva. Ele não dava notícias aos amigos e familiares desde a madrugada e o pai da vítima, de 64 anos, já havia registrado um boletim de ocorrência, na manhã de domingo, pelo desaparecimento.
Durante a madrugada, o jovem que era conhecido como “Black”, foi a um restaurante de Sushi com dois amigos. Ele entrou em contato com o pai entre 22h e 23h de sábado, dizendo onde estava e que iria dar umas voltas.
Depois do restaurante, o trio passou em frente à boate Non Stop para ver o movimento, mas não chegaram a descer do carro. Em seguida, a amiga que acompanhava Lawrence, foi deixada em casa pela vítima, que continuou a programação da noite junto do amigo.
Segundo depoimento dele à Polícia, os dois deram voltas pela cidade, foram a uma festa na região do bairro Santo Antônio e em uma conveniência. No trajeto para a casa do amigo, Lawrence recebeu a ligação. Fato fundamental para a investigação da Polícia.
Por volta das 2h da manhã, conforme relatos do amigo à Polícia, uma pessoa com o nome de Alberto ligou chamando a vítima para se encontrar com ele na Orla Morena. Ainda conforme o depoimento da testemunha, o encontro seria uma despedida, já que Alberto iria para o Paraná.
“A vítima questionou se ia ou não e o amigo disse para deixar, que estava tarde”, disse o delegado que acompanhou o caso, Tiago Macedo dos Santos. Em depoimento, os dois amigos afirmaram não conhecer Alberto.
A Polícia fez o levantamento de todos os pertences de dentro do carro, digitais e vestígios de suor ou fios de cabelo, para confrontar quem andou com a vítima além das testemunhas.
Além da quebra de sigilo telefônico, a Polícia também vai pedir análise do computador da vítima, que já está com a perícia. “No computador vamos trabalhar informações a respeito do perfil social para chegar a quem supostamente estaria com ele naquele local. Se existe esse Alberto, algum diálogo deve ter”, explicou o delegado Tiago Macedo.
Caso - Um morador da Orla Morena foi quem acionou a Polícia Militar por volta das 12h de hoje, depois de sair de casa às 6h e voltar para o almoço e perceber que o rapaz continuava dentro do carro. De início, o morador pensou que ele estaria apenas dormindo.
As informações colhidas no local indicam que Lawrence foi morto por volta das 4h da manhã. De acordo com o delegado Tiago Macedo, a vítima estava no banco do motorista, com lesões no pescoço que indicam estrangulamento e várias lesões pelo rosto, além de um machucado específico no joelho esquerdo, que para a Polícia, indica que ele tentou se defender no momento do crime.
Para a Polícia, apenas o laudo do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) vai confirmar o que foi usado no estrangulamento. Em princípio, a Polícia acredita que possa ser um cinto de tecido que foi encontrado no carro.
O veículo estava todo revirado e o celular e a carteira da vítima foram levados, na tentativa de dificultar a identificação. Com Lawrence foram encontrados R$ 15.
O cinto encontrado no carro e que a Polícia acredita que possa ter sido o usado para estrangular o estudante pertence ao amigo que estava junto dele no restaurante de sushi. À Polícia, ele confirmou que o acessório era dele e que havia emprestado anteriormente para Lawrence, que devolveu ontem. Como o cinto não servia mais no amigo, ele relatou à Polícia que tirou e deixou no console do carro.
O corpo do estudante será velado a partir das 22h, no Jardim das Palmeiras, na avenida Tamandaré.