Famílias deixam aldeia Água Bonita e vão para abrigo temporário
Defesa civil orientou a deixarem as casa após incêndio de grandes proporções
Após incêndio de grandes proporções que atingiu a Aldeia Água Bonita nesta sexta-feira (26), famílias tiveram que deixar os barracos para ficar em um abrigo temporário, no Parque Tarsila do Amaral. A defesa civil orientou os 700 moradores a não ficarem na comunidade devido ao risco à saúde provocado pela fumaça e possibilidade de retorno do fogo. Entretanto, apenas algumas foram para o abrigo. Equipes do Corpo de Bombeiro permanecem no lugar monitorando e fazendo o rescaldo.
Diego dos Santos, 28 anos, é motorista e foi para o abrigo com a família. Ele explica que teve que retirar todos os móveis da casa para tentar salvar o pouco que conquistou.
“Minha esposa me ligou, eu tava no serviço, ela ligou desesperada, quando cheguei só tinha fumaça, o pessoal já tinha tirado todas as coisas. Cheguei e só consegui tirar rápido os móveis. O barraco quase deu perda total, mas dá pra recuperar. O mais importante é a família. O momento é de desespero, você consegue comprar suas coisas e poder perder de uma vez só assim”.
O pedreiro Gerson Gomes da Silva, de 42 anos, preferiu ficar no lugar para guardar o barraco, mas as filhas e esposa aceitaram ser acolhidas de maneira temporária no Parque.
“Minha esposa é doente renal e meus filhos asmáticos. Inalei um pouco de fumaça, eram 11h quando eu vi, como estava ventando ele pulou pra cá, aí começamos a tirar as coisas e tiramos o botijão de gás. Minha esposa e filhos foram para o abrigo. Eu tenho bronquite, mas Deus ajudou”.
Conforme Ícaro Tomazini, do Corpo de Bombeiros, não houve vítimas. Segundo ele o fogo foi intenso devido as condições climáticas. A todo, 15 militares atuaram contra o fogo. Ainda não há levantamento do total de área atingida. "Tivemos dois focos, um na frente e outro atrás da comunidade, mas conseguimos controlar".
A prefeita Adriane Lopes esteve na aldeia e ressaltou que dará todo suporte para abrigar os atingidos.
"Estamos averiguando os danos. Assim que tiver todo levantamento vamos dar todo suporte necessário. Estamos cuidando de da crianças e idosos porque o fogo foi de uma proporção muito grande".
A prefeitura de Campo Grande ainda não informou como será feito o acolhimento e quanto tempo as famílias ficarão no Parque. A reportagem entrou em contato com a Ehma (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) mas a pasta aguarda outras secretarias para se posicionar de maneira oficial quanto à dinâmica do acolhimento e número de acolhidos.
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