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Capital

Filha de serial killer vai responder por morte e ocultação de cadáver

A esposa Roselaine Tavares Gonçalves, de 40 anos, deve responder somente pela ocultação do corpo

Aline dos Santos e Marta Ferreira | 21/05/2020 09:29
Yasmim, Cleber e Roselaine: família envolvida em assassinato de comerciante. (Foto: Direto das Ruas)
Yasmim, Cleber e Roselaine: família envolvida em assassinato de comerciante. (Foto: Direto das Ruas)

A filha de Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, o "pedreiro assassino", foi enquadrada em crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O primeiro inquérito contra o pedreiro chegou ontem à Justiça e é sobre a morte do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, primeiro crime a ser revelado numa teia de sete assassinatos em série em Campo Grande.

O documento, distribuído à 2ª Vara do Tribunal do Júri, ainda está sob sigilo, mas a reportagem apurou que o inquérito da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Homicídios) também responsabiliza Yasmim Natacha Souza de Carvalho, 19 anos, filha do pedreiro, por homicídio e ocultação de cadáver.

A esposa Roselaine Tavares Gonçalves, de 40 anos, deve responder pela ocultação do corpo. O pedreiro e a filha estão presos, enquanto Roselaine é monitorada por tornozeleira eletrônica.

Segundo a investigação, José Leonel foi morto por Cleber com um golpe de barra de ferro na cabeça, na madrugada do dia 2 de maio, na Vila Nasser. A intenção era ficar com o imóvel da vítima. Com a ajuda da filha Yasmim, ele arrastou o corpo do comerciante e enterrou no quintal da residência.

No dia seguinte ao crime, pai, mãe e filha se mudaram para a casa de José Leonel e, na mesma data, um domingo, chamou amigos e parentes para conhecerem a casa nova. Yasmim e a mãe foram presas no dia 8 de maio. Cleber fugiu, mas acabou preso na última sexta-feira (dia 15). Na sequência, revelou mais seis assassinatos.

Ele apontou onde ocultou os corpos e, com a expressão às vezes cansada de escavar, mas sem evidenciar qualquer emoção, ajudou na retirada das ossadas. O advogado Jean Carlos Cabreira de Sousa informou que a defesa vai alegar a insanidade mental do pedreiro.

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