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Capital

Giroto e Amorim completam um mês na cela 17 e presas ficam em área nobre

Defesas aguardam julgamentos de recurso no Supremo e de habeas corpus no Tribunal Regional Federal

Aline dos Santos | 08/06/2018 06:20
Giroto (à direita) se entregou à Polícia Federal em 8 de maio. (Foto: Fernando Antunes)
Giroto (à direita) se entregou à Polícia Federal em 8 de maio. (Foto: Fernando Antunes)

Com uma rotina classificada como tranquila, o ex-deputado Edson Giroto (PR) e o empresário João Amorim completam hoje um mês atrás das grades. Esta é a quarta prisão dos dois na operação Lama Asfáltica, que desde 2015 é realizada pela PF (Polícia Federal). A temporada mais longa foi em 2016, quando a prisão durou 42 dias. Já quatro mulheres completam um mês de prisão domiciliar em endereços nobres. 

Conforme apurado pelo Campo Grande News, a cela 17, conhecida pela estadia de “famosos”, tem 20 presos. Considerados presos tranquilos, recebem dos visitantes cobertores, lençóis, itens permitidos aos demais internos.

A útltima prisão foi desdobramento de reviravoltas na Justiça e cumprida em 8 de maio deste ano. A decisão também mandou para a cela 17 o servidor estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira e empresário Flávio Henrique Scrocchio (cunhado de Giroto).

Já Elza Cristina Araújo dos Santos, Raquel Rosana Giroto, Mariane Mariano de Oliveira e Ana Paula Amorim há um mês cumprem prisão domiciliar em endereços nobres, como apartamentos na avenida Mato Grosso e Jardim dos Estados, e imóveis no residencial de luxo Damha e no Jardim Bela Vista.

Defesa – O advogado Benedicto Figueiredo, que atua na defesa de Amorim, afima que aguarda o julgamento de recurso no STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta semana, o advogado Valeriano Fontoura, responsável pela defesa de Giroto, Flávio e Beto Mariano, informou que entrou com pedidos de habeas corpus no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Rachel Giroto (à direita) também foi à sede da PF em 8 de maio. Ela cumpres prisão domiciliar. (Foto: Fernando Antunes)
Rachel Giroto (à direita) também foi à sede da PF em 8 de maio. Ela cumpres prisão domiciliar. (Foto: Fernando Antunes)
Elza e João Amorim, acompanhados do advogado Benedicto, se apresentaram à Polícia Federal. (Foto: Fernando Antunes)
Elza e João Amorim, acompanhados do advogado Benedicto, se apresentaram à Polícia Federal. (Foto: Fernando Antunes)

Prende e solta – As oito prisões são relativas à fase Fazendas de Lama, realizada em 10 de maio de 2016. A liberdade veio no dia 24 de junho daquele ano, quando o ministro Marco Aurélio, do STF, considerou que não havia elemento concreto para justificar a prisão e concedeu liminar.

O habeas corpus começou a ser julgado no dia 26 de setembro de 2017, quando o relator, ministro Marco Aurélio, votou para tornar definitiva a medida liminar concedida por ele.

Contudo, o julgamento foi retomado na sessão de 6 de março, com voto-vista do ministro Alexandre de Moraes. Ele divergiu do relator e votou pela denegação da ordem, por entender que o decreto de prisão foi devidamente fundamentado.

Neste cenário, os oitos voltaram a ser presos em 9 de março, sendo as mulheres em prisão domiciliar. Os réus se entregaram na superintendência da Polícia Federal.

Entretanto, a liberdade veio em decisão do TRF 3, datada de 19 de março e concretizada no dia 23 daquele mês. Em maio deste ano, as prisões voltaram a ser decretadas por Moraes, a pedido a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

A Lama Asfáltica é maior operação contra corrupção no Estado. A ação contabiliza cinco fases, investiga desvio de R$ 300 milhões, conta com delação premiada e bloqueio de bens.

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