Greve chega ao fim e ônibus voltam a circular nesta quarta-feira
Vale atrasado será pago dia 28 e funcionários que participaram da paralisação terão o dia abonado
Os ônibus do transporte coletivo da Capital voltarão a circular nesta quarta-feira (22), após greve relâmpago que pegou usuários de surpresa, nesta terça-feira (21). A decisão pelo fim da paralisação, saiu em reunião realizada nesta noite entre o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Consórcio Guaicurus e a Justiça do Trabalho.
Como condição pelo fim do protesto, ficou decidido que os 40% do adiantamento salarial dos funcionários do Consórcio, que deveria ter sido pago ontem (20), será efetuado na próxima terça-feira (28). Os funcionários que participaram da paralisação de hoje também terão o dia abonado.
Procuradora-chefe do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul), Cândice Gabriela Arosio, ressalta que o consenso pelo fim da greve, não significa que o impasse entre os trabalhadores, o Consórcio Guaicurus e prefeitura, chegou o fim.
Uma outra reunião para discutir o tema foi marcada para sexta-feira (24) e terá a participação do Governo do Estado, Câmara Municipal, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos).
"A situação não está resolvida está pacificada, para que o serviço seja retomado. Os direitos trabalhistas devem ser resolvidos, na semana que vem o pagamento (do vale) será feito, assim como o cumprimento de outras obrigações legais", comenta.
A reunião desta noite foi realizada na sede do TRT-MS (Tribunal Regional do Trabalho) em Campo Grande. "O TRT fez a sua parte e aguardamos as outras partes para solução adequada e o reequilíbrio do contrato, para que seja respeitado o salário dos colaboradores", comentou o desembargador presidente do tribunal, André Luis Moraes de Oliveira.
A greve - A decisão da paralisação desta terça-feira foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo em protesto contra falta de pagamento dos funcionário do Consórcio Guaicurus. A paralisação, sem aviso prévio, resultou em um efeito cascata de transtornos. Milhares de trabalhadores amargaram espera nos pontos de ônibus espalhados pela Capital e chegaram atrasados nos empregos. Diante da falta de transporte público o preço dos aplicativos também foi parar nas alturas.