Greve dos professores fechou 75% das escolas na Capital, informa ACP
No primeiro dia, 75% das escolas da Reme (Rede Municipal de Educação) aderiram à greve da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública). Os professores aprovaram a paralisação na última segunda-feira (3) durante assembleia geral.
Conforme a assessoria de imprensa da ACP, das 96 escolas municipais da Capital, a associação conseguiu entrar em contato com 59. Sendo que 48 aderiram a greve e 11 continuam funcionando. Até amanhã um novo levantamento será feito, incluindo todas as escolas da rede municipal.
A titular da Semed (Secretaria Municipal de Educação), Ângela Maria de Brito, informou que a secretaria não tem um levantamento sobre a adesão das escolas, que será feito amanhã (7), para saber a quantidade de escolas que adotaram à greve.
Nesta sexta-feira, os professores farão uma passeata, da sede da ACP até a prefeitura de Campo Grande, caso o prefeito Gilmar Olarte (PP) não proponha um novo acordo. No período da tarde, ás 14h, os professores voltarão a se reunir e fazer uma avaliação sobre a greve e decidir as próximas ações, segundo a assessoria de imprensa.
Prejuízo - Cerca de 94 mil alunos serão prejudicados pela falta de aulas, de acordo com a Semed. Devido ao calendário de reposição, o ano letivo poderá se estender até o fim de janeiro e os alunos terão férias mais curtas.
De acordo com a secretária, por lei, é necessário que o ano letivo tenha uma carga horária de 800 horas.
Reajuste - O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.
A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.
