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Capital

Hospital do Câncer quer reduzir dívida para R$ 14 milhões até setembro

Aline dos Santos | 11/06/2013 10:10
Hospital foi alvo de operação da Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio)
Hospital foi alvo de operação da Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio)

A nova direção do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, tem uma meta quando completar seis meses de gestão: reduzir a dívida da instituição para R$ 14 milhões. “Quando assumimos, a dívida era de R$ 17,9 milhões. Esperamos reduzir para R$ 14 milhões em setembro”, afirma o diretor-presidente do hospital, Carlos Alberto Moraes Coimbra.

Em julho, será apresentado o resultado final de uma auditoria nas contas da instituição, administrada pela fundação Carmem Prudente. Para enxugar as dívidas, a direção renegociou contratos e fez mudanças na gestão administrativa. Um dos contratos para compra de medicamento previa até multa se o hospital não atingisse determinado valor de compra.

De acordo com balanço divulgado em 22 de março, a dívida era de R$ 17.763.474,86. O maior valor, R$ 14 milhões, correspondia a empréstimo com a Caixa Econômica Federal. O montante inicial era de R$ 9,2 milhões para compra da área para ampliação do hospital e R$ 1,3 milhão para saldo da obra.

No entanto, em agosto de 2012, o contrato foi revisto, sem aval do Conselho Curador, e o valor alterado para R$ 14 milhões. A revisão foi assinada pelo então diretor-geral Adalberto Abrão Siufi e sua filha Betina Moraes Siufi Hilger, que foi demitida do cargo de administradora.

O hospital foi alvo da operação Sangue Frio no dia 19 de março. A ação foi em parceria entre a PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União). A ação apreendeu documentos no hospital, na residência de Adalberto Abrão Siufi e no HU (Hospital Universitário). A suspeita é de que a rede pública do tratamento de oncologia foi desmontada para privilegiar o setor privado.

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