Imagens de 8 câmeras ajudam na investigação de morte de PM; veja vídeo
As imagens do circuito interno do interno do posto Caravaggio devem ajudar a Polícia a identificar o autor da execução do subtenente da PM (Polícia Militar) José Carlos Silveira Souza, 39 anos, nesta segunda-feira (17).
Ao todo, oito câmeras espalhadas pelo pátio, escritório e loja de conveniência captaram seis minutos de imagens que são considerados fundamentais para elucidar o homicídio.
Na gravação divulgada hoje é possível ver o momento em que o PM estaciona o veículo para abastecer logo após ter saído do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança). Em seguida, o assassino se aproxima e efetua os disparos.
O homem usa casaco marrom e boné branco. O assassino fica escondido atrás de uma das bombas e as câmeras não captaram o momento do crime.
Depois do crime o bandido foge e aponta a arma para um caminhoneiro que abastecia no posto.
Na sequência, frentistas e pessoas que estavam no local correm para longe e também para o local onde a vítima esta caída.
Segundo a Polícia, a suspeita é de que José Carlos tenha sido vítima de queima de arquivo já que ele envolvimento com contrabando de cigarros do Paraguai.
O delegado responsável pelas investigações, Davair Aparecido Francisco, acredita que os autores do crime não sejam de Mato Grosso do Sul, porque não se preocuparam em esconder o rosto das câmeras.
A suspeita é de que os autores sejam do Paraguai, região em que a vítima atuava antes de ser transferida para a Capital.
O corpo de Silveira tinha 19 perfurações de pistola 9 milímetros, que podem tanto ser de entrada quanto de saída dos disparos. No local, foram encontrados nove cápsulas deflagradas, mas só o laudo pericial vai indicar quantos tiros atingiram o corpo.
Fumus Malus – Ontem a PM divulgou nota em que afirma que José Carlos estava corporação há 18 anos e sofria um processo administrativo que poderia resultar em expulsão.
Ele foi preso em outubro do ano passado durante operação Fumus Malus, que investigou o envolvimento de policiais na máfia de contrabando de cigarros.
Na época, foi decretada a prisão de 16 policiais, entre eles Silveira. Três eram de Naviraí, onde ele estava lotado, dois de Itaquiraí, um em Sete Quedas, um em Mundo Novo, um em Iguatemi e quatro Campo Grande.