Imagens de acidente com BMW "são fortes" e não serão divulgadas, diz GCM

Após o protesto cobrando pela liberação dos vídeos que mostram o acidente que matou Letícia Machado Gonçalves, 19 anos, no sábado (31), a GCM (Guarda Civil Metropolitana) informou que as imagens são “fortes” e só poderão ser liberadas via pedido judicial. A informação foi repassada pelo secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Anderson Gonzaga da Silva Assis nesta segunda-feira (2).

De acordo com o titular da pasta, os vídeos foram repassados à Polícia Civil e Perícia e não há autorização para que as gravações sejam liberadas para terceiros. “Infelizmente são imagens fortes e, para não ter vazamento, nós estreitamos o acesso. Se vier via judicial, serão fornecidas”, explicou Gonzaga ao Campo Grande News.

O acidente aconteceu no cruzamento das ruas 14 de Julho e Marechal Rondon, região central de Campo Grande, no dia 25 de agosto. No último sábado (31), aproximadamente 50 pessoas – entre familiares e amigos – se reuniram no local para pedir que essas imagens sejam liberadas. Até o momento, o único vídeo divulgado mostra o acidente de longe e não deixa claro se o motorista da BMW avançou ou não o semáforo vermelho.

A reportagem também entrou em contato com a advogada Vitória Junqueira Cândia, que atua na defesa da família de Letícia, e ela explicou que eles tiveram acesso a algumas imagens, mas há ainda vídeos que não foram entregues e isso está sendo cobrado.

“Não queremos nada obscuro. A delegacia responsável já solicitou essas imagens. Estamos aguardando também. Por ora, as imagens que conseguimos são as que estão circulando nos jornais. Estamos com algumas restrições no momento e vamos aguardar para divulgar maiores informações”, pontuou Vitória.

Já o delegado Rodrigo Nunes Zanotta, responsável pelo caso, afirmou que só se manifestará no final das investigações. A BMW X1 era conduzida por Lucca Assis Mandetta, de 26 anos.

Caso - Letícia seguia para o trabalho em uma Honda Biz pela Rua 14 de Julho, quando foi atingida na lateral pela BMW que trafegava pela Rua Marechal Rondon. A traseira da motocicleta ficou danificada e a frente do carro também ficou amassada. Conforme boletim de ocorrência, o jovem não apresentava sinais visíveis de embriaguez ou lesões em decorrência do acidente.

Ele disse à polícia que respeitou a sinalização semafórica e só percebeu a moto após a colisão. Ao ser convidado a fazer o teste do bafômetro, procedimento adotado quando ocorre acidente com morte, Lucca disse que faria, mas na sequência foi orientado pelo advogado para não fazer.

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