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Capital

Invasores levantam casa de alvenaria em terreno e revoltam vizinhos

Dono do espaço registrou boletim de ocorrência no dia 9 de setembro para que os moradores saíssem do local

Por Bruna Marques | 17/09/2024 10:47
Casa de alvenaria sendo construída em terreno invadido (Foto: Bruna Marques)
Casa de alvenaria sendo construída em terreno invadido (Foto: Bruna Marques)

Famílias começaram a construir casa de alvenaria em terrenos invadido na Rua Robson Torres, no Jardim Radialista, atrás do museu José Antônio Pereira, em Campo Grande. No dia 9 de setembro, a Polícia Militar chegou a retirar os invasores do local, mas eles voltaram horas depois e montaram barracas para demarcar o espaço.

Na manhã desta terça-feira (17), o Campo Grande News foi até o terreno e flagrou um pedreiro construindo uma casa. O contratante do serviço não foi localizado. A reportagem tentou conversar com alguns moradores que estavam por lá, mas ninguém quis falar.

Uma mulher afirmou que existe um líder porta-voz das famílias, mas que ele não estava e que a ordem de não dar entrevistas partiu dele. No local haviam algumas barracas montadas e barracos de lona também.

O terreno foi demarcado com fitas zebradas pelos próprios invasores e cada família é responsável por um lote.

Caso de polícia - No dia 9 de setembro, mesmo dia em que os invasores foram retirados do local, pela Polícia Militar, o proprietário da área registrou boletim de ocorrência. Segundo Henrique Massumi Shuto, 62 anos, ele é inventariante do terreno, local foi deixado por seu pai como herança.

Conforme consta no registro policial, o terreno era cuidado por um caseiro. No dia 7 de setembro, o funcionário ligou para Henrique dizendo que cerca de 40 pessoas teriam invadido o espaço e estavam fazendo demarcações na terra.

Barracas foram montadas pelos invasores nos lotes escolhidos por eles (Foto: Bruna Marques)
Barracas foram montadas pelos invasores nos lotes escolhidos por eles (Foto: Bruna Marques)

Diante da situação, Henrique acionou a Polícia Militar. Quando a equipe chegou, um homem se identificou como proprietário do terreno, porém não teria apresentado nenhum documento que comprovasse a alegação. Na sequência, o herdeiro chegou e mostrou os papéis que mostram que o espaço era de seu pai.

No dia da invasão, a reportagem tentou conversar com os invasores, mas eles não quiseram dar detalhes sobre o assunto, limitaram-se a dizer apenas que já haviam conversado com equipes da PM (Polícia Militar). Afirmaram, ainda, que contam com o auxílio de um advogado, mas não informaram o nome.

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