Juiz rejeita pedido e "sobrinho" vai continuar preso por morte de Márcia
Para juiz, não faltam indícios de envolvimento de "sobrinho" e agiota no crime
O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, negou o pedido de liberdade provisória de Carlos Fernandes Soares, de 33 anos, preso suspeito de participação no assassinato de Marcia Catarina Lugo Ortiz, de 57 anos.
No requerimento, a defesa de Carlos alegou que o cliente não cometeu o crime, é primário e de bons antecedentes, além de não ter intenção em atrapalhar as investigações, possuir ocupação lícita e residência fixa.
Entretanto, Aluizio lembrou que a investigação, chefiada pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), apontou indícios suficientes da materialidade dos crimes, bem como da autoria de Soares e Carlos Henrique Machuca, o "China", que também está preso pelo crime. "China", por sinal, também teve o pedido de liberdade negado na semana passada. Contudo, Aluizio também indeferiu o pedido do segundo suspeito.
O caso - Márcia Lugo foi encontrada morta no dia 8 de outubro, pouco mais de 12 horas após desaparecer. Com o corpo, que estava debaixo de ponte sobre o Córrego Imbirussu, na BR-262, não havia celular ou documentos, apesar de nas imagens de câmera que filmou a mulher voltando a pé para casa, na noite do dia 7 de outubro, ela aparecer com bolsa pendurada no ombro.
Carlos alega que Márcia, a quem chama de “tia”, por consideração, foi morta ao defendê-lo de "China", que supostamente trabalha como cobrador de agiota e que depois de testemunhar a execução, foi raptado por dupla, assistiu à desova do corpo e só não revelou nada sobre o crime a ninguém, porque estava sob constante ameaça.