Julgamento por execução de delegado é marcado para 21 de junho
Professor universitário e delegado, Paulo Magalhães foi morto a tiros em frente à escola
O julgamento dos réus pela execução do delegado aposentado Paulo Magalhães Araújo foi marcado para 21 de junho. A data consta no processo que tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Vão a julgamento o guarda municipal José Freires e Antônio Benitez Cristaldo. De acordo com o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), José, que era garupa de uma motocicleta, efetuou diversos disparos de revólver contra o delegado aposentado, que estava na rua Alagoas, no Jardim dos Estados, em frente à escola da filha.
Já Antônio foi acusado de fazer escolta em um carro para garantir o sucesso da execução. O crime foi em 25 de junho de 2013.
Ainda conforme a denúncia, o condutor da motocicleta era Rafael Leonardo dos Santos. O corpo dele foi encontrado no lixão, na saída para Sidrolândia. A vítima foi decapitada e a identidade foi esclarecida por meio de exame de DNA. Não houve identificação do mandante do crime de pistolagem.
Em 30 de outubro 2014, veio a decisão para que José e Antônio fossem a julgamento, mas as defesas recorreram ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e ao STJ. A tentativa era anular o processo, sob justificativa de não se permitiu a ampla defesa e nem o princípio do promotor natural.
Contudo, no mês passado, o STJ negou, por unanimidade, provimento a recursos da defesa. Os dois negam o crime e estão em liberdade.
Professor universitário, Paulo Magalhães é autor do livro “Conspiração Federal”, que teve circulação proibida pela Justiça. A obra traz relatos de cinco ex-agentes federais com detalhes sobre o funcionamento da presídio na Capital e denúncias de irregularidades