Justiça mantém preso advogado que matou PM
A defesa havia entrado com pedido de liberdade provisória sem fiança para Helder da Cunha Rodrigues
O juiz plantonista Thiago Nagasawa Tanaka converteu em preventiva a prisão em flagrante do advogado Helder da Cunha Rodrigues, 38 anos, que matou o soldado da Polícia Militar Luciano Abel de Carvalho Nunes, 29 anos, em acidente de trânsito. O caso foi registrado por volta das 4h de ontem (19), no cruzamento sinalizado da Avenida Ministro João Arinos com a Centaurea, no Bairro Cidade Jardim, em Campo Grande.
A defesa havia entrado com pedido de liberdade provisória sem fiança para o advogado, solicitando a aplicação de medidas cautelares para impedir a disseminação da covid-19.
Segundo o juiz, pelas condições do delito, praticado sob o estado de embriaguez, sem a habilitação para a categoria específica, aliado a tentativa de fuga, não é recomendável, no momento, a concessão de liberdade provisória.
“O fato do autuado haver cometido o homicídio em total estado de embriaguez, sem habilitação para a categoria do veículo que conduzia, aliado ao fato de ser pessoa operadora do direito, conhecer das leis, tal fato, causou comoção social, de modo que infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas”, decidiu o juiz.
Caso - Luciano seguia numa motocicleta Yamaha XJ6, quando foi atingido pelo Chevrolet Cobalt dirigido pelo advogado. Depois da pancada, tanto o corpo da vítima quanto o carro foram parar no canteiro central da Avenida Ministro João Arinos, na saída para Três Lagoas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, tentou reanimar a vítima, mas sem sucesso.
Após o acidente, Helder se apresentou como advogado para uma testemunha e, na sequência fugiu a pé. Ele foi preso momentos depois em abordagem da polícia. O advogado foi submetido ao teste do bafômetro e o resultado foi de 0,76 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Ele está numa sala especial para advogados do Presídio Militar.