Justiça solta filho de líder de quadrilha presa em operação do Gaeco
Iris Carlos Grejianin foi solto ontem à noite em Campo Grande por decisão judicial
Preso na operação Alvorada Voraz, Iris Carlos Grejianin foi solto ontem à noite em Campo Grande por decisão judicial. Ele é filho de Alcides Carlos Grejianin, o Polaco, apontado como o maior contrabandista de cigarros do país.
Polaco e dois filhos foram presos no último dia 23 de novembro, em Eldorado, durante a operação que desarticulou esquema de contrabando. Alcides e o filho Denis Marcelo Grejianin permanecem atrás das grades.
Realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a operação prendeu 16 pessoas, sendo cinco policiais militares. Eles são acusados de receber propina de R$ 3 mil a R$ 6 mil para liberar os comboios de cigarros.
Três policiais colaboraram com a investigação e já foram soltos. Uma pessoa permanece foragida. Trata-se de Aparecido Costa, que inicialmente foi identificado como agente tributário estadual, mas a informação foi contestada pelo Sindate/MS (Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul).
O Gaeco investiga o grupo desde outubro do ano passado. Foram realizadas apreensões de mais de 50 carretas de cigarros em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, totalizando sete milhões e quinhentos mil maços apreendidos e um prejuízo em torno de R$ 20 milhões.
Dono de um patrimônio milionário, Polaco responde a processos por contrabando de cigarro e lavagem de dinheiro. A Justiça Federal já sequestrou seis fazendas de propriedade do contrabandista, sendo uma avaliada em R$ 20 milhões.
Alcides Grejianin também foi apontado como um dos envolvidos na morte do auditor da Receita Federal, Carlos Renato Zamo, que foi assassinado em outubro de 2006. Ele foi encontrado carbonizado dentro de um veículo na MS-295, entre as cidades de Iguatemi e Eldorado.