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Capital

Levantamento coloca 4 bairros da Capital em alto risco de dengue

Entre janeiro e novembro deste ano, Campo Grande registrou 389 casos confirmados de dengue

Ana Paula Chuva | 24/11/2021 12:07
Equipe da Secretaria Municipal de Saúde durante vistoria na Capital. (Foto: Divulgação)
Equipe da Secretaria Municipal de Saúde durante vistoria na Capital. (Foto: Divulgação)

Realizado entre os dias 1º e 12 de novembro o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) colocou quatro bairros de Campo Grande em risco de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e outros 31 em situação de alerta.

O levantamento é da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e mostra que as áreas mais críticas são as da Unidade de Saúde da Família Iracy Coelho e da Unidade Básica de Saúde Pioneira com IPP (Índice de Infestação Predial) de 5,7%, ambas.

Em seguida, ficaram as regiões da Unidade de Saúde da Família Silvia Regina com IPP de 5,4% e a da Vila Corumbá com 4,8%. O índice é considerado crítico quando ultrapassa os 3,9%. Já os 31 bairros em situação de alerta, tiveram o IPP de 1 a 3,9% e outros 36 apresentam índices satisfatórios, abaixo de 1%.

Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, os índices acendem um alerta sobre a importância da conscientização e engajamento ainda maior da população, já que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.

“Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse Veruska.

A pesquisa também mostrou que o maior número de focos estão em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. Com isso, as ações de combate ao mosquito estão sendo intensificadas nas regiões críticas e dentro da rotina das outras.

“Diariamente, as viaturas do fumacê estão percorrendo esses bairros e paralelamente o trabalho de campo está sendo intensificado através das vistorias e orientações a cargo dos agentes de saúde. Iniciamos já os mutirões com o objetivo de evitar que nosso município enfrente uma nova epidemia das doenças relacionadas ao Aedes aegypti”, pontuou a superintendente.

Vale lembrar, que Campo Grande também conta com o método Wolbachia, que está na terceira fase de liberação de mosquitos em 15 bairros, como um aliado no enfrentamento da dengue, zika e chikungunya.

Boletim - Entre os meses de janeiro e novembro deste ano, o Campo Grande registrou 389 casos confirmados de dengue, o que representa uma redução de mais de 95% em relação ao mesmo período de 2020, onde 12.978 foram registrados. O número de óbitos provocados pela doença também caiu de sete para três.

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