Com aumento da "chuvarada", Nova Lima recebe o mutirão contra dengue
Trabalho preventivo de combate a eventuais focos do mosquito aedes aegypti segue até o dia 26 de novembro
Um dos bairros mais populosos de Campo Grande, o Nova Lima, recebe uma força-tarefa de enfrentamento ao mosquito aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. O mutirão segue até a sexta-feira, dia 26 de novembro.
Os servidores da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem vistoriar os imóveis residenciais e comerciais, além de terrenos baldios, orientando os moradores e fazendo o recolhimento e eliminação dos potenciais criadouros do mosquito.
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explica que o trabalho é feito de maneira preventiva, com objetivo de evitar que haja aumento na proliferação e, consequentemente, nas doenças transmitidas pelo mosquito, com a aproximação do período chuvoso.
“É muito importante agir neste momento para que a gente não sofra com um surto ou até mesmo uma nova epidemia no próximo ano. Apesar de hoje o cenário ser confortável, não podemos baixar a guarda. Estamos fazendo a nossa parte e contamos também com a colaboração da população, uma vez que 80% dos focos do mosquito ainda são encontrados dentro das casas”, diz.
Nos últimos 11 meses, Campo Grande teve 386 casos confirmados de dengue e duas mortes provocadas pela doença. É o menor número registrado no período dos últimos cinco anos. No mesmo período do ano passado, foram mais de 13 mil casos confirmados e sete óbitos, o que representa uma redução de mais de 95%.
Mesmo durante a pandemia, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti não foram paralisadas no município de Campo Grande. Além do trabalho de rotina, onde há a visitação domiciliar dos agentes de endemias, diariamente os bairros com maior incidência de notificações recebem a borrifação de inseticida, a Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como “Fumacê”.
Dentre as ações de combate à dengue, também está a implantação do projeto Wolbachia, que iniciou no mês passado a terceira fase de soltura dos mosquitos com a bactéria, que está presente em diversos insetos no meio ambiente, com objetivo de fazer o controle da dengue, Zika e chikungunya.