Marquinhos assume compromisso: “Não vai morrer nenhum campo-grandense sem UTI”
"Não tomamos nenhuma medida sem responsabilidade", diz Marquinhos Trad em recado ao governo
Depois do governo do Estado afirmar que os prefeitos que desobedeceram às regras do Prosseguir têm de assumir as consequências, Marquinhos Trad mandou um recado à cidade. “Campo Grande: não vai morrer nenhum campo-grandense longe de um leito de UTI na minha cidade”.
Em entrevista ao programa de Tatá Marques, do SBT, o prefeito disse que não há briga com governo estadual, mas respondeu que "se quiserem jogar a responsabilidade nas minhas costas, fiquem sabendo de uma coisa: eu não fujo de nada, podem jogar. Deus não desampara os justos, e eu estou sendo justo".
Na avaliação dele, a Capital não tomou "nenhuma medida sem responsabilidade". Segundo Marquinhos, a decisão de colocar a cidade em bandeira vermelha, contrariando a classificação cinza do Prosseguir, veio porque "os números estão iguais há 25 dias. Muito altos, mas em patamar igual".
Ele diz que está monitorando pessoalmente a quantidade os leitos de UTI no município. “Porque há 14 meses fechamos a cidade, porque não tinha ninguém vacinado. Se nós progredimos na vacinação e até no uso de máscara, nós vamos voltar ao lockdown?”, questiona.
O prefeito voltou a repetir que “não é o comércio o responsável pelo avanço da covid. A culpa é das festas clandestinas. Quem tem culpa somos nós, prefeitura e governo, que não conseguimos coibir. Mas agora, vamos tentar, unidos, vamos proteger Campo Grande", diz.
No decreto municipal publicado ontem, a prefeitura considerou que “houve mudança repentina nos critérios adotados pelo Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia que, mesmo com a melhora dos indicadores de risco epidemiológico, reclassificou a bandeira de Campo Grande para 1 nível de coloração acima”
O prefeito lembrou que em reunião anterior, o comitê do Prosseguir havia definido que "entre 7 e 23 de junho, a cidade deveria ficar em bandeira vermelha. Acontece que 48 horas depois, o Prosseguir se reúne e reclassifica Campo Grande para cinza?". Por isso, a mudança repentina de classificação pegou todo mundo de surpresa.
Marquinhos também questiona a quantidade de atividades consideradas essenciais pelo decreto do Prosseguir, o que inclui igrejas, pet shops, óticas, academias e “até conveniência vendendo álcool”. "Não sou contra esse setores, mas fechar o comércio e serviços? Não é justo”, reclama Marquinhos
Para Marquinhos, o erro é tão claro que “não é à toa que as 4 maiores cidades de Mato Grosso do Sul não estão seguindo o decreto para fechar atividades, serviços e comércio nas suas cidades”.