Médico tem alta após 100 dias de luta contra a covid: “Deus fez o milagre”
Na longa jornada, ele venceu a doença, superbactéria, parada cardíaca e infecções
Com um atestado de vencedor, o médico Jhonny Florêncio Biancão Lopes, 40 anos, deixou o Hospital da Unimed ontem após quase cem dias de luta contra a covid-19 em Campo Grande. Na maca, cruzou as portas da unidade hospitalar, ao som de louvor.
Emocionados, amigos e familiares cantaram que “não há ferrolhos nem portas que se fechem diante da Tua voz, não há doença nem culpa que fique em pé diante de nós”.
Na alta hospitalar, também foram soltos balões brancos e uma carreata saudou o novo tempo para o profissional de Saúde, que é casado e pai de dois meninos, de 3 anos e seis meses.
Na jornada de 96 dias, iniciada em 26 de dezembro, o médico venceu a covid, superbactéria, saturação 35 (o ideal é acima de 95), candidemia (infecção da corrente sanguínea), fibrose, civid (que resulta em trombose), AVC (Acidente Vascular Cerebral) e parada cardíaca.
Fábio Luis Biancão Lopes, 47anos, comemora a vitória do irmão. “Foi muito lindo mesmo, só Deus para fazer isso. Agradeço a todos os funcionários da Unimed. Dos serviços gerais ao presidente e, principalmente, aos doutores Sílvia, Renata e André. Essas pessoas foram fundamentais e não desistiram em nenhum momento”, afirma.
O irmão conta que a família é evangélica e recebeu apoio de uma corrente de orações. Eles se organizaram para que a cada hora houvesse alguém orando e todas as tardes rumavam para o estacionamento do Yotedy, perto do hospital, para reforçar o apelo pela cura.
“Tinha gente orando nos Estados Unidos, Japão, Acre, Fortaleza. Ele trabalhava em Terenos e os pacientes esperam por ele. Tirava o dinheiro do bolso para a pessoa comprar o medicamento. Deus fez o milagre na vida dele”.