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Capital

Menos da metade dos leitos de UTI da Capital estão ocupados

Covid representa cerca de 5% das internações ao todo, em Mato Grosso do Sul

Guilherme Correia | 07/01/2022 12:04
Leitos de terapia intensiva no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. (Foto: Reprodução/Governo de MS)
Leitos de terapia intensiva no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. (Foto: Reprodução/Governo de MS)

De acordo com boletim epidemiológico publicado nesta sexta-feira (7) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), menos da metade dos leitos de terapia intensiva da macrorregião de Campo Grande, vinculados à rede pública, estão ocupados.

Durante o pico da pandemia da covid-19, a alta de casos graves da doença chegou a ser responsável por superlotação geral de estruturas - havia mais pacientes nos hospitais do que a demanda poderia oferecer. Em média estadual, a covid representa agora cerca de 5% das internações ao todo.

Vale lembrar que a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) representa estágio mais complexo de enfermidade e exige mais estrutura, como insumos, profissionais e outros recursos, e é usada para quando a saúde do paciente está em situação mais delicada.

O documento aponta 228 leitos de UTI ofertados nos municípios que compõem a macrorregião da Capital - maior parte fica na própria cidade. Destes, cerca de 45% são de casos não relacionados à covid, 2% são confirmados para coronavírus e outros 2% são casos suspeitos.

Na quinta-feira (6), o Campo Grande News noticiou lotação de grávidas e bebês em centro obstétrico na Santa Casa - nesta situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) da Capital afirmou que trabalha para remanejar pacientes que aguardam leito a fim de garantir assistência adequada a todos.

No restante do Estado, a situação geral é semelhante - cerca de 64% dos leitos de Dourados estão ocupados, 45% dos em Três Lagoas e 65% em Corumbá. No entanto, no município corumbaense, cerca de 12% dos pacientes são de coronavírus e outros 12% têm suspeita.

Pandemia - Levantamento feito pelo Campo Grande News com base em dados do Ministério da Saúde - cujo detalhamento referente ao início de 2022 ainda não foi divulgado, mostra que a vacina tem sido responsável por uma redução expressiva nas internações.

Os dados apontam que, ao menos, 7.263 pacientes foram internados com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Mato Grosso do Sul, desde o ano passado, sendo que 5.869 eram de covid.

Destes, cerca de 91,3% não tinham tomado duas doses em um período de pelo menos 15 dias, que é o tempo que o imunizante leva para fazer efeito em média. Além disso, um a cada quatro óbitos de vacinados já tinha recebido imunizante há mais de quatro meses, período em que a terceira dose é liberada. Os registros não indicam se os pacientes receberam o reforço da vacina.

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