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Capital

Mobilização atende mais de 20 moradores de rua na antiga rodoviária

Atendimento móvel foi promovido diante a alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa em Situação de Rua

Gustavo Bonotto | 16/08/2023 21:36
Van da Defensoria Pública durante realização de atendimentos na antiga rodoviária da Capital. (Foto: Gustavo Bonotto)
Van da Defensoria Pública durante realização de atendimentos na antiga rodoviária da Capital. (Foto: Gustavo Bonotto)

Em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa em Situação de Rua, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul promoveu atendimento móvel para a região da antiga rodoviária de Campo Grande, localizada na Rua Barão do Rio Branco, durante a noite desta quarta-feira (16).

O número pode parecer pequeno, considerando a grande movimentação de pessoas na região, mas cada suporte leva em média 30 minutos, haja vista a busca processual, orientação jurídica e colhimento de documentações (quando a assistida ou assistido possui).

A "Van dos Direitos" tem como principal objetivo estender o atendimento jurídico a pessoas em situação de vulnerabilidade que não têm meios de se deslocar até uma unidade. Este foi o caso de Cleitiane Nunes do Nascimento, 33, que saiu das ruas recentemente.

"Estou aqui para buscar o meu direito e ter uma atualização no meu endereço. Estive morando no Centro por cerca de 5 anos. Quando minha mãe morreu, pude voltar para a casa que ela dela. Quando fui presa por tráfico de drogas, cheguei a ser encaminhada ao Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua) e não estou mais lá, sabe, quero evitar um mandato de prisão por desobediência", disse Cleitiane.

Na triagem, Cleitiane aguardava pelo atendimento móvel da Defensoria Pública. (Foto: Gustavo Bonotto)
Na triagem, Cleitiane aguardava pelo atendimento móvel da Defensoria Pública. (Foto: Gustavo Bonotto)

A mulher relatou a reportagem que nasceu em Dourados, cidade a 251 quilômetros da Capital, mas foi criada aqui. "Cheguei aqui com 3 anos de idade e fui ficando. Cheguei a cursar uma faculdade de Recursos Humanos, mas vi que aquilo não era para mim. Infelizmente caí no mundo, mas agora quero tomar um rumo na minha vida", destacou.

Para a defensora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Thaisa Raquel Defante, o objetivo é entender quais as necessidades e quais encaminhamentos o órgão pode fazer. "Se é documento, andamento de processo e diversas demandas. É mais interessante ir até o encontro deles do que esperar que eles nos procurem pois atendimentos variam de cada ação".

Já o coordenador do Núcleo Criminal, Daniel de Oliveira Falleiros Calemes, destacou que a atuação fora do gabinete garante um recorte mais inclusivo e eficaz.

"Acho importante esse papel de que o defensor saia do gabinete e vá até onde as pessoas estão. É exatamente isso que está acontecendo hoje. Estamos na concentração deles para prestar um atendimento inclusivo. Na área criminal, onde atuo, a maioria das pessoas precisa de um respaldo legal, e é bom ter um recorte dessa temática para garantir um atuação mais eficaz", concluiu.

O coordenador do Núcleo Criminal, Daniel de Oliveira Falleiros Calemes. (Foto: Gustavo Bonotto)
O coordenador do Núcleo Criminal, Daniel de Oliveira Falleiros Calemes. (Foto: Gustavo Bonotto)

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