MST ocupa sede do Incra para cobrar reforma agrária e cestas básicas

Manifestantes do MST-MS (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Mato Grosso do Sul) ocuparam a sede do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária), em Campo Grande, no final da manhã desta quarta-feira (4). Além da pauta fixa da reforma agrária, eles pedem por cestas básicas e linha de créditos para os assentados. As solicitações foram motivos dos manifestantes bloquearem a BR-262, MS-384 e MS-156 na semana passada.

De acordo com Douglas Cavalheiro, direção estadual do MST, a manifestação é por tempo indeterminado. Ele acrescenta que há 300 pessoas no prédio e que todos os andares foram ocupados.

Ele explicou que estão reivindicando assentamentos imediatos para as famílias que estão há mais de 16 anos na beira das rodovias do Estado, além de novos acampamentos. “No dia 25 de novembro, quando fechamos as rodovias, pedimos a presença do superintendente nacional do Incra para que pudesse ter conversa, ele sinalizou que viria ontem para isso, mas como não veio, nós tiramos nosso dia para fazer a luta, por conta do não cumprimento do combinado”.

O superintendente estadual do órgão, Paulo Roberto da Silva, está em contato com o grupo, mas Douglas ressalta que o assunto agora é de patente nacional.

Rodovias - Ao todo, participam dos bloqueios 800 pessoas, que pediam por condições básicas de sobrevivência. O ato durou três dias. Indígenas das Aldeias Bororó e Jaguapiru também realizam bloqueio de rodovias. Nesse caso, os manifestantes protestavam por falta d'água na reserva, pois segundo eles, estão “cansados das promessas dos políticos”.

 Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.