Pantanal Cap corrige informação e diz que não tem como pagar clientes
Nota publicada nas redes sociais da empresa diz para suspender devolução de dinheiro
Após o consultor de gestão da empresa de título de capitalização Pantanal Cap, Guto Dobes, afirmar que valores pagos por clientes já foram e ainda seriam devolvidos esta semana, a empresa corrigiu a informação e disse que não tem como devolver o dinheiro por causa de decisões judiciais, conforme afirmou o deputado estadual Jamilson Name, titular da empresa Fena Consultoria e Assessoria Empresarial, que detém os direitos da Pantanal Cap.
A empresa de título de capitalização foi alvo da sexta fase da operação Omertà, denominada “Arca de Noé”, deflagrada na última quarta-feira (2). A Pantanal Cap foi lacrada e proibida de realizar sorteios.
Uma nota explicando o motivo da suspensão das devoluções foi publicada nas redes sociais da empresa, onde antes eram respondidos como os clientes poderia ter o dinheiro de volta.
“Suspendam imediatamente, e até posterior comunicação, qualquer ação em relação aos negócios da empresa, incluindo, mas não se limitando, a comercialização de títulos, recebimento de valores, devolução de valores, dentre outros, sob pena de desrespeito à ordem judicial”, diz a nota.
A estimativa de devolução de 60%, que havia sido considerada por Guto Dobes, também foi desmentida por Jamilson Name.
Os valores que devem voltar para os clientes são referentes a compras das cartelas do sorteio que devia ter sido realizado no último domingo (5), posterior a lacração de empresa. Os prêmios variam de 2 mil a carros e até casa, como estava sendo oferecido no sorteio de fim de ano.
Após o fechamento da empresa, a Fena Consultoria e Assessoria Empresarial foi à Justiça e tentou derrubar a decisão, mas o pedido ainda está sob análise do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que deu prazo de 15 dias para que a defesa faça ajustes no pedido de reabertura
A operação – Batizada de “Arca de Noé”, a sexta fase da Omertà além de lacrar a Pantanal Cap, teve o objetivo de cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca.
A pedido da força-terefa, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a Justiça também determinou bloqueio de R$ 18,2 milhões nas contas dos investigados.