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Capital

Para 61% dos leitores, pandemia trouxe abalos à saúde psicológica

Cenário inédito trazido pela covid-19 está levando pacientes à terapia

Aletheya Alves | 14/08/2020 07:16
Reportagem publicada no início do mês mostrou que isolamento tem levado mais pessoas à terapia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Reportagem publicada no início do mês mostrou que isolamento tem levado mais pessoas à terapia. (Foto: Henrique Kawaminami)

Problemas e conflitos aumentaram durante a pandemia e a saúde psicológica está no foco nos últimos meses, é o que mostrou reportagem publicada no início do mês. Questionados sobre a situação nesta quinta-feira (13), 61% dos leitores afirmaram que o psicológico foi abalado.

Enquanto isso, apenas 39% votaram que não tiveram a saúde psicológica alterada devido aos reflexos da pandemia.

Nas ruas, as respostas são que em menor ou maior grau, a saúde mental sofreu abalos com o cenário de covid-19.

Em enquete, 61% dosa leitores afirmaram que pandemia abalou saúde psicológica. (Arte: Ricardo Gael)
Em enquete, 61% dosa leitores afirmaram que pandemia abalou saúde psicológica. (Arte: Ricardo Gael)

No segundo ano da faculdade de Odontologia, Lilian Hasimoto, de 21 anos, diz que a situação do mundo tem afetado a saúde mental. “Não sei se sou pessimista, mas acredito que nosso psicológico tende a piorar. É muita coisa para assimilar e deve demorar ainda mais para retornarmos a alguma normalidade”, diz.

Também preocupada com as mudanças na realidade, Loyani Feliciana, de 38 anos, diz que um dos problemas é voltar ao normal. Para a administradora, o psicológico tem sofrido durante o processo de adaptação.

Sabemos que não vamos ter o mesmo normal de sempre, precisamos readaptar no futuro. O que mais afeta nossa cabeça é o medo de tudo isso.

Devido o contato com público, a comerciante Daiane Rezende, de 38 anos, explica que a aflição é maior. “Temos mais contato porque atendemos aqui. O que mais afeta em tudo isso é o pânico. Antes, nós só ouvíamos sobre os casos, hoje já conhecemos as pessoas que estão morrendo”.

Comerciante, Daiane Rezende, de 38 anos, disse que medo da doença tem afetado a saúde mental. (Foto: Henrique Kawaminami)
Comerciante, Daiane Rezende, de 38 anos, disse que medo da doença tem afetado a saúde mental. (Foto: Henrique Kawaminami)

Tentando equilibrar a opinião, o supervisor de telecomunicações, Thiago Souza, de 28 anos, diz que ficou abalado em partes. “É difícil em casa, todo mundo fica muito junto, as crianças não saem. Então é complicado nessa parte, mas no nosso serviço já é melhor".

Não tenho preocupação porque está garantido, as pessoas estão ficando mais em casa e consumindo internet”, explica.

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