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Capital

Para defesa de policial, MPE está sendo ‘fantasioso e sem embasamento'

Ministério Público denunciou Ricardo Hyun Su Moon por homicídio doloso – quando há intenção de matar - qualificado por motivo torpe

Luana Rodrigues | 24/01/2017 16:45
Renê Siufi diz que espera laudos para concluir defesa. (Foto: Arquivo)
Renê Siufi diz que espera laudos para concluir defesa. (Foto: Arquivo)

O advogado de defesa de Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, classificou na tarde desta terça-feira (24) como ‘fantasiosa’ e ‘sem embasamento’ a denúncia de homicídio doloso – quando há intenção de matar - qualificado por motivo torpe apresentada pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra o policial rodoviário federal.

De acordo com Renê Siufi, em uma análise preliminar à documentação protocolada pelo promotor Eduardo José Rizkallah, junto à Justiça nesta segunda-feira (23), ele verificou que a versão apresentada por seu cliente (Ricardo), em depoimento à polícia, não foi respeitada.

“É um denuncia fantasiosa, que não respeita as informações que constam no inquérito, nem a versão do meu cliente. Afirmar que ele se colocou na frente do carro da vítima? Como? se o laudo da reconstituição nem está pronto ainda?”, considera o advogado.

Siufi afirma que por conta da insuficiência de resultados de laudos, ainda não tem uma linha de defesa formada. “Vou esperar até que tudo fique pronto para que possamos entrar com qualquer recurso na Justiça”, afirma.

Apesar de discordar das afirmações da promotoria, o advogado acredita que a denúncia será aceita pela Justiça. "Creio que será aceita sim, porque geralmente só depois o juiz confronta as informações. Mesmo assim, estou confiante nos resultados dos laudos", diz.

O caso de 'Coreia' agora segue para o judiciário. A Justiça tem o prazo de cinco dias, a partir da data de protocolo, para analisar a denúncia feita pelo promotor. Caso a denúncia seja aceita, o policial vai ser julgado pelo Tribunal do Júri. Na hipótese de que Moon seja condenado, pode pegar uma pena de 12 a 30 anos de prisão.

O policial permanece na carceragem na sede do Garras (Delegacia Especializada e Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), onde está preso desde o dia 5 de janeiro, até próxima decisão da Justiça. 

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