Passeata de grevistas tem tumulto no trânsito, buzinaço e bananas
Sem policiamento, a confusão tomou conta da avenida Afonso Pena
Buzinaço, reclamações e distribuição de bananas. Neste cenário, os servidores públicos federais em greve fizeram passeata pelo Centro de Campo Grande nesta quinta-feira. Sem policiamento, manifestantes e veículos dividiram espaço na avenida Afonso Pena. A passeata passou por cinco cruzamentos da avenida: Padre João Crippa, Pedro Celestino, Rui Barbosa, 13 de Maio e 14 de Julho.
Presidente do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais), Lucivaldo Alves dos Santos afirma que o comando de greve solicitou auxílio da polícia de trânsito com 72 horas de antecedência. “A passeata ia sair 9h30, até saiu com atraso, mas a polícia não veio”, afirma.
Sem policiamento, a confusão tomou conta da avenida. O mecânico Dárcio Ede Ramos, de 33 anos, preferiu estacionar a moto, no cruzamento com a Pedro Celestino, e seguir a pé. “Atrapalha quem quer chegar ao trabalho. Tinha que ter polícia sinalizando para onde a gente tem que ir”, reclama.
“Cadê a polícia?”, se indagava o motorista José Gomes Neto, de 31 anos, em meio ao trânsito tumultuado. Não há consenso sobre o número de participantes, com estimativa de público indo de 400 a 800 pessoas.
Somente no fim da passeata, próximo a 14 de Julho, policiais militares que trabalham na região central auxiliaram na organização do trânsito. O desfecho do protesto foi na esquina da 14 de Julho e Barão do Rio Branco, com a distribuição de bananas. O ato faz parte de uma mobilização nacional para pressionar a União a negociar com os servidores.
O protesto reuniu servidores do Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária de Colonização), Funai (Fundação Nacional do Índio), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) , Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Agricultura, Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e PF (Polícia Federal).
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da PM (Polícia Militar) e aguarda retorno.