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Capital

“Pedreiro Assassino” senta no banco dos réus pela 1ª vez em outubro, prevê juiz

Cleber Carvalho deve ser julgado primeiro pela morte de Timótio Ronan, homem que matou por causa de dívida

Anahi Zurutuza | 16/08/2021 16:57
Cleber de Souza Carvalho ao sair de consultório de psiquiatra, onde passou por consulta para exame de sanidade mental no ano passado. (Foto: Silas Lima/Arquivo)
Cleber de Souza Carvalho ao sair de consultório de psiquiatra, onde passou por consulta para exame de sanidade mental no ano passado. (Foto: Silas Lima/Arquivo)

Cleber de Souza Carvalho, 44 anos, que ficou conhecido em maio do ano passado como o “Pedreiro Assassino”, após ser preso por um assassinato e confessar outras seis, deve sentar no banco dos réus pela primeira vez em outubro. A previsão é do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

O magistrado aproveitou a presença dos advogados do réu e da promotora Luciana Rabelo, em audiências na tarde desta segunda-feira (16), para “combinar” a melhor data para o júri popular com a defesa e acusação.

Dhyego Fernandes, um dos advogados de Cleber, acredita o cliente será julgado primeiro pela morte de Timótio Pontes Ronan, 62 anos, que segundo a acusação, foi executado por não pagar dívida de R$ 3 mil.

Cleber responde a quatro processos por homicídios. Mas, segundo a defesa, a ação que diz respeito à morte de Timótio é a com ritos processuais mais avançados. Testemunhas de ambos os lados foram ouvidas, acusação e defesa já escolheram quem vai depor na frente dos jurados e não há mais “pendências” a serem resolvidas nos autos, que já somam 1.299 páginas.

Nesta tarde, testemunha foram ouvidas a respeito da morte de José Jesus de Souza, de 45 anos.

"Pedreiro Assassino" olhando para o teto, durante audiências nesta tarde; ele acompanhou por videoconferência em sala do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). (Foto: Reprodução)
"Pedreiro Assassino" olhando para o teto, durante audiências nesta tarde; ele acompanhou por videoconferência em sala do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). (Foto: Reprodução)

A denúncia – O corpo de Ronan foi o último a ser encontrado no decorrer das investigações, no dia 16 de maio, duas semanas depois do assassinato, ocorrido na manhã de 2 de maio de 2020. A vítima foi encontrada dentro de poço, na Rua Netuno, na Vila Planalto.

Ainda segundo a denúncia, Ronan foi morto por não pagar dívida de R$ 3 mil. A vítima havia pego dinheiro emprestado com Cleber no fim de 2017. Em abril do ano passado, os dois se encontraram e a vítima prometeu que quitaria o débito. Foi quando o réu pediu que o homem, que também era pedreiro, fosse até a casa dele para fazer alguns serviços.

No dia combinado, 2 de maio, Ronan foi até o imóvel e disse que não tinha dinheiro, mas poderia pagar com trabalho. Irritado, o “Pedreiro Assassino” o golpeou na cabeça com um cabo de picareta. Depois, Cleber arrastou o corpo e jogou no poço.

Serial killer – Cleber foi investigado por sete homicídios. Os casos foram descobertos a partir de investigações sobre o desaparecimento de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, que foi morto por Cleber, segundo a acusação, com ajuda da esposa dele Roselaine Tavares Gonçalves, de 40 anos, e da filha Yasmin Natacha Souza de Carvalho, 19 anos. Depois do homicídio, a família se mudou para a casa da vítima.

Preso, o pedreiro começou a confessar outros crimes. Além de José Leonel e Timótio Ronan, também matou José Jesus de Souza, de 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, de 50 anos, Hélio Taíra, 74 anos, Flávio Pereira Cece, 34 anos e Claudionor Longo Xavier, de 47 anos.

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