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Capital

Pedrinho foi morto como "exemplo" em disputa por território em bairro

Pedro José de Arruda Pinto foi encontrado morto em um área de mata do Bairro Danúbio Azul, com as mãos e os pés quebrado

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 07/02/2020 12:13
Lucas Almeida Portela é procurado pela polícia  (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Lucas Almeida Portela é procurado pela polícia (Foto: divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (7), a foto de Lucas Almeida Portela, 22 anos, considerado  um dos principais suspeitos de torturar e matar Pedro José de Arruda Pinto, 16 anos, conhecido como Pedrinho, no Bairro Danúbio Azul, no dia 31 de outubro do ano passado.

Conforme a delegada da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Anne Karine Sanches Trevizan, as investigações concluíram que Lucas e outro jovem de 21 anos, que já está preso desde o dia 26 do mês passado, são responsáveis pela morte de Pedrinho. Os dois têm várias passagens pela polícia desde a época de adolescente, principalmente por tráfico de drogas.

O rapaz que foi preso confessou que conhecia a vítima, mas negou participação no crime. As investigações concluíram que os dois decidiram matar Pedrinho para se vingar do melhor amigo dele. Os suspeitos queriam mostram quem mandava no bairro, queriam marcar território. O objetivo, segundo a polícia, era estabelecer o medo para dominar o tráfico de drogas na região.

Segundo a delegada, Pedrinho não tinha ligação com o tráfico de drogas. "Ele não estava vinculado ao crime". Os dois foram indiciados por homicídio qualificado pelo emprego de ama de fogo, tortura e sequestro praticado contra menor de 18 anos. Quem tiver informação do paradeiro de Lucas, pode entrar em contato com o disque-denúncia da Depca pelo telefone (67) 3323-2500. A identidade será mantida em sigilo. 

Delegada Anne Karine Sanches Trevizan Foto: Clayton Neves)
Delegada Anne Karine Sanches Trevizan Foto: Clayton Neves)

Crime bárbaro - O adolescente foi sequestrado pelos dois suspeitos por volta das 6h do dia 31 de outubro, enquanto andava pelas ruas do bairro. A dupla levou Pedro para uma área de mata próximo ao cruzamento das ruas Getulina com Wagner Jorge Borttoto Garcia. No local, a vítima teve os braços amarrados para trás com a própria camiseta, foi torturado e estrangulado.

O menino teve uma das mãos e pé quebrados e, nas costas, também havia marca de queimadura. Depois de receber a informação de que Pedrinho havia sido sequestrado, a mãe do adolescente procurou a Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) e registrou o desaparecimento. A polícia fez buscas pelo bairro e encontrou o corpo à noite.

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