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Capital

Pela 2ª vez em 10 dias, força-tarefa volta às ruas para combater jogo do bicho

No dia 3 de setembro, 72 pontos foram visitados e 28 pessoas flagradas coletando apostas para a loteria ilegal

Geisy Garnes e Bruna Marques | 16/09/2021 09:38
Equipes voltaram às ruas de Campo Grande nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipes voltaram às ruas de Campo Grande nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)

Equipes de diversas delegacias voltaram às ruas na manhã desta quinta-feira (16), para combater o jogo do bicho em Campo Grande. A ação de hoje dá continuidade a operação “Deu Zebra”, realizada no dia 3 de setembro. Na data, 72 pontos foram visitados pelos policiais e 28 pessoas flagradas coletando apostas para a loteria ilegal.

Nesta manhã, as equipes se reuniram na sede da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Conforme informações preliminares, pelo menos duas regiões da cidade são alvos das buscas dessa segunda fase da operação. Detalhes, no entanto, não foram divulgados até o momento.

As bancas, que por muitos anos eram facilmente vistas pela cidade, ganharam “camuflagem”, depois da ofensiva para lacrar as “casinhas” metálicas. Na última ação, policiais foram à residências, mercearias, bares e até ponto de táxi e encontraram maquininhas para a anotação dos jogos e comprovantes dos palpites efetuados.

Nesses pontos, 28 bicheiros foram flagrados realizando apostas. A legislação prevê que essas pessoas cometem contravenção penal, com pena prevista de no máximo um ano de prisão. Ela normalmente é convertida em prestação de serviços à comunidade.

Equipes de diversas delegacias se reuniram na sede da 5° Delegacia de Polícia Civil. (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipes de diversas delegacias se reuniram na sede da 5° Delegacia de Polícia Civil. (Foto: Henrique Kawaminami)


Black Cat – Essa é a terceira operação contra o jogo do bicho em oito meses. Em 9 de dezembro, a Polícia Civil já tinha ido às ruas de Campo Grande para acabar com as apostas ilegais. A Operação “Black Cat”, quarta fase da Omertà, foi coordenada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Para o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), responsável pela Omertà junto com o Garras, por trás da aparente inocência do jogo que premia por meio de números atribuídos a bichos, esconde-se máfia dedicada a crimes graves e violentos, de agiotagem a extorsão, de tráfico de armas a assassinatos, além de corrupção de agentes públicos.

O negócio à margem da lei, antes comandando por Jamil Name, o principal alvo da Omertà até sua morte em 27 de junho, passou para as mãos de organização do Rio de Janeiro, como apurou o Campo Grande News. Assim, o jogo do bicho voltou à cidade com o mesmo formato, mas com nome diferente: MTS.

No mês passado, os bilhetes do jogo do bicho custavam R$ 10 e prometiam pagar até R$ 40 mil. A loteira ilegal surgiu no Brasil há mais de 120 anos, com a criação de banco de apostas, para evitar que o zoológico do Rio de Janeiro fechasse. Mas em 1941, passou a ser proibido pela lei como jogo de azar e é considerado contravenção.

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