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Capital

Perícia faz 3ª vistoria em prédio de luxo para esclarecer causa de incêndio

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 06/10/2011 12:17

Publicitário e defensora pública morreram vítimas de intoxicação

Peritos vão voltar a edifício em busca de pistas do que provocou incêndio. (Foto: Pedro Peralta)
Peritos vão voltar a edifício em busca de pistas do que provocou incêndio. (Foto: Pedro Peralta)

Cenário do incêndio que provocou duas mortes, o edifício de luxo Leonardo Da Vinci recebeu hoje a terceira visita da perícia, que busca esclarecer a origem do fogo.

“Viemos fazer levantamento de elementos para saber a causa do incêndio no apartamento”, afirma o perito Antônio César Moreira. Ponto de origem das chamas, o apartamento 904, do nono andar, permanece interditado. No local, mora um casal e dois filhos adultos, que não se feriram.

De acordo com o delegado Miguel Said, da 1ª delegacia de Polícia Civil, há muitas especulações sobre o que teria provocado as chamas. “Ainda não tem laudo que comprove a causa. Falaram do aquecedor, mas foi a última coisa que queimou”, afirma.

Segundo ele, o procedimento está sob sigilo. O delegado conversou com moradores e estava acompanhado pela irmã do publicitário Giovanni Sergio Dolabani Leite, de 24 anos, que morreu intoxicado pela fumaça. A vítima morava no 16º andar e foi intoxicado ao tentar sair do prédio pelas escadas.

Conforme Miguel Said, a perícia vai retornar ao apartamento para colher mais informações. O incêndio, ocorrido na madrugada do último domingo, também provocou a morte da defensora pública Kátia da Silva Soares Barroso, de 37 anos. Ela teve morte cerebral detectada na segunda-feira e foi sepultada ontem.

O defensor Francisco José Soares Barroso, esposo de Kátia, está internado em estado grave. O filho casal, de seis anos, também foi internado e tinha previsão de alta para hoje. Também está internado o servidor do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Eudovando Barbosa Silveira.

Marmita – Quase uma semana depois da tragédia, o fornecimento de gás permanece cortado. Os moradores estão comprando marmitex, provocando um constante ida e vinda de entregadores de marmita em frente ao prédio, na rua Amazonas, em Campo Grande. O edifício tem dois apartamentos por andar e cada imóvel é avaliado em R$ 800 mil.

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