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Capital

Polícia promete dar andamento a 6 mil reclamações que estão "engavetadas"

Comissão vai analisar milhares de boletins registrados que não resultaram em procedimento

Por Viviane Oliveira | 20/02/2025 06:49
Polícia promete dar andamento a 6 mil reclamações que estão "engavetadas"
Movimentação na casa da Mulher Brasileira (Foto: Osmar Veiga)

A DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) criou o GT (Grupo de Trabalho) para analisar quase 6.000 mil boletins de ocorrência registrados na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande que não resultaram em instauração de procedimento ou que possuem pendência.

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul criou um Grupo de Trabalho (GT) para revisar cerca de 6.000 boletins de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande. O objetivo é melhorar o atendimento às vítimas de violência doméstica, acelerando a apuração dos casos. O GT, composto por delegados e investigadores, terá 90 dias para concluir a análise, podendo prorrogar o prazo. A iniciativa busca aprimorar procedimentos e oferecer um serviço mais eficiente e sensível às vítimas. Desde a criação da Casa da Mulher Brasileira, a Deam já registrou quase 80.000 ocorrências.

A portaria de criação do GT foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (20). A equipe terá 90 dias para concluir os trabalhos, prazo que pode ser prorrogado pela Delegacia Geral. Compõem a equipe técnica do GT os delegados Wellington de Oliveira, Marcelo Alonso, João Reis Belo, Juliano Cortez Penteado, os escrivães Steven Souza e William Eduardo Rocha e a investigadora Priscila Rodrigues.

Também foram nomeados outros 13 delegados como membros: Silvia Elaine Girardi dos Santos, Christiane Grossi de Araújo Rocha, Suzimar Batistela, Fernanda Félix Carvalho, Cláudia Angélica Gerei, Paulo Roberto Diniz, Gustavo de Oliveira Bueno Vieira, Paulo Henrique Sá, Mário Donizete Ferraz, Evandro Luiz Banheti Corredato, Francisco Antônio Moreira, Luis Tomaz de Paula Ribeiro e Fábio Peró Correa Paes.

O grupo vai aperfeiçoar o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar para dar maior celeridade na apuração dos crimes contra a mulher. O GT terá os trabalhos concentrados na Acadepol (Academia de Polícia Civil Delegado Júlio César da Fonte Nogueira) e será responsável por analisar boletins de ocorrência de casos represados, aqueles em que vítimas e autores não são encontrados no endereço nem por telefone ou como desistência de representação por parte das vítimas ou ausência/inexistência de provas ou elementos comprobatórios para a instrução e andamento dos procedimentos.

Segundo o delegado-geral, Lupérsio Degerone Lúcio, o grupo de trabalho representa o compromisso em garantir um atendimento cada vez mais qualificado e eficiente às mulheres vítimas de violência. "Buscamos aprimorar nossos procedimentos e fluxos de trabalho para que possamos oferecer um serviço de excelência, com a celeridade e a sensibilidade que esses casos exigem", destacou.

Coordenação - O mutirão será coordenado pelo delegado-geral adjunto, Márcio Custódio, e pela delegada de polícia Maria de Lourdes Cano, que terão como atribuições o levantamento e análise dos boletins de ocorrência; identificação de casos que necessitam de reavaliação ou complementação; análise de procedimentos em que tenha ocorrido decadência ou prescrição; proposição de medidas e fluxos de trabalho para otimizar a tramitação dos procedimentos e alterações ou adequações nos protocolos existentes; solicitação de apoio técnico, logístico e de pessoal; e a apresentação de relatório final com conclusões e sugestões.

Em 10 anos de criação da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, a primeira do Brasil, a Deam já registrou quase 80.000 boletins de ocorrência. De todos os autores de feminicídio cometidos na Capital nesse período foram identificados, indiciados e presos e, somente um, encontra-se foragido.

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