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Capital

Polícia coleta DNA em SP para produzir provas sobre assassinato de Kauan

Há dificuldade para isolar o DNA do menino, porque ele não tinha sequer escova de dentes exclusiva, nem tem nenhum irmão de mesmo pai

Luana Rodrigues | 04/09/2017 15:05
Vestígios de sangue foram encontrados na casa de suspeito no bairro Coophavila 2. (Foto: André Bittar)
Vestígios de sangue foram encontrados na casa de suspeito no bairro Coophavila 2. (Foto: André Bittar)

Uma criança que não tinha sequer uma escova de dente de uso exclusivo. A dificuldade em isolar o material genético do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, fez com que a Polícia Civil pedisse mais 30 dias para concluir inquérito sobre o caso.

De acordo com a delegada Marília de Brito Martins, para produzir provas do crime, a polícia irá cruzar os dados de DNA dos pais do garoto e contrapor com o sangue encontrado no local do crime. Para tanto, a polícia coletou o DNA de um homem que está preso em São Paulo, que seria o pai do menino.

“Nós fizemos diligência em várias cidades até localizar esse homem, porque a mãe só tinha o nome dele. Com ajuda de colegas, o localizamos em São Paulo. Foi coletado material e estamos aguardando chegar para que sejam feitos os exames”, disse a delegada.

Há dificuldade para isolar o DNA do menino, porque ele não tinha sequer escova de dentes exclusiva, nem tem nenhum irmão de mesmo pai. O código genético é formado metade por “informações” da mãe e metade do pai. Na casa do suspeito,Deivid Almeida Lopes, 38 anos, foi localizado amostra de sangue que bate com a 50% do DNA da mãe.

A polícia agora tem mais 30 dias para concluir o inquérto sobre a morte do garoto. O principal suspeito nega o crime, mas está preso desde 21 de julho. Ele morava no Coophavila 2 , onde era conhecido como professor, pelo fato de já ter lecionado em escola, mas atualmente, tinha uma banca de capinhas para celulares na feira do bairro.

Crime - Conforme relato de quatro adolescentes, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid. Segundo o diretor diretor do Instituto de Criminalística, Marcelo Pereira Oliveira, a aplicação de luminol revela vestígios de sangues nos locais citados pelos adolescentes.

Porém, o local não foi apenas limpo. “Ele foi tão inteligente que retirou o reboco da parede e tudo isso dificulta isolar o DNA”, afirma o titular da da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), delegado Paulo Sérgio Lauretto.

Questionado sobre o motivo de ter dezenas de produtos de limpeza em casa, o suspeito respondeu que gosta de manter o ambiente limpo.

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