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Capital

Prefeito reforça queda na taxa do lixo e aponta “pressão” de instituições

Marquinhos Trad reafirma que 60% dos campo-grandenses pagam menos pela taxa de lixo e revela ser pressionado por instituições isentas do IPTU que antes não pagavam pelo serviço

Humberto Marques e Kleber Clajus | 05/01/2018 16:20
Marquinhos deu declarações durante transferência temporária do cargo para a vice, Adriane Lopes; prefeito reforça que houve "justiça social" envolvendo a taxa do lixo. (Foto: Kleber Clajus)
Marquinhos deu declarações durante transferência temporária do cargo para a vice, Adriane Lopes; prefeito reforça que houve "justiça social" envolvendo a taxa do lixo. (Foto: Kleber Clajus)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) voltou a sustentar na tarde desta sexta-feira (5) que houve redução dos valores pagos a título de taxa de lixo em Campo Grande para 60% dos moradores. Ele disse também sofrer “pressão” de empresas e instituições religiosas que antes eram isentas e, agora, terão de pagar o tributo.

As afirmações foram feitas no Paço Municipal, durante ato de transferência da chefia do Executivo para a vice-prefeita Adriane Lopes (PEN), em virtude das férias de Marquinhos.

Consultado sobre queixas apresentadas por moradores sobre aumentos consideráveis no valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), na comparação com o cobrado em 2017, o prefeito reforçou que o imposto não teve altas vertiginosas, mas houve a mudança nos cálculos da taxa do lixo, “sendo feita justiça social”, pontuou, reiterando a redução da tarifa para mais da metade dos campo-grandenses.

Isentos – Conforme o prefeito, algumas instituições têm disparado críticas por serem obrigadas, agora, a pagarem a taxa de lixo –antes, como eram isentas do IPTU, acabavam também não pagando pela coleta e destinação de resíduos sólidos na cidade. No caso de instituições religiosas, há um desconto de 80% no serviço.

Só uma entidade da cidade, frisou Marquinhos, com um imóvel avaliado em mais de R$ 1 milhão, recolherá neste ano cerca de R$ 1,5 mil da taxa do lixo.

“Não querem pagar porque são isentos do IPTU. Não pagavam o imposto, mas produzem lixo. Se não pagam, têm de redistribuir a fatura aos demais”, afirmou o prefeito. Segundo ele, centros comerciais e até universidades não pagavam a taxa do lixo, mesmo estando entre os “maiores geradores de resíduos”.

Sem esses pagamentos, salientou Marquinhos, sobrava para a prefeitura arcar pelo serviço. O prefeito disse que a fatura extra variava entre R$ 50 milhões e R$ 55 milhões adicionais ao que já era arrecadado no IPTU a título de taxa de lixo “para cobrir os serviços”. “Agora, é possível que haja recursos adicionais para investimentos nesse novo ano, na forma com a qual o cálculo foi lançado nos boletos”.

Em 2017, o consórcio CG Solurb recebeu R$ 74 milhões por serviços de coleta e destinação de resíduos sólidos e outros incluídos no contrato de concessão –incluindo cremação de animais–, conforme números divulgados nesta tarde.

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