Prefeitura deve entregar só sexta-feira explicação sobre reajuste de tarifa
Procurador diz que suspensão do TCE está sendo analisada na assessoria jurídica do gabinete do prefeito
O impasse entre sobre o reajuste da tarifa de transporte coletivo urbano de Campo Grande deve durar até o fim desta semana, de acordo com o procurador-geral do Município, Denir Nantes. Segundo ele, o Executivo usará os cinco dias dados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) para se manifestar sobre a suspensão decretada pela corte fiscal.
A suspensão ocorreu na sexta-feira (2) pelo conselheiro do TCE, Ronaldo Chadid, e o município tem cinco dias, a partir de quando notificado, para se manifestar. O procurador disse na manhã desta terça-feira (6) que recebeu a notificação segunda-feira (5) e, de acordo com ele, está com a a assessoria jurídica no gabinete do prefeito, Alcides Bernal (PP).
"A notificação está no gabinete do prefeito, com a assessoria jurídica, estão coletando as informações do contrato. Precisamos das informações primeiro antes de ver as providências", justificou.
Nantes declarou que é possível que o município use o prazo dado pelo TCE para se manifestar e com isso o impasse entre o reajuste ou não do preço da passagem de ônibus de R$ 3,25 para R$ 3,53 deve se prolongar por mais uma semana. "Vai usar o prazo certamente, só na semana que vem vai manifestar oficialmente", declarou.
Prejudicado - A indefinição no reajuste gerou reflexos no setor. Funcionários do Consórcio Guaicurus - responsável pelo serviço em Campo Grande - ficaram sem o aumento de 8,5%, definido em acordo salarial.
Os motoristas fizeram paralisação na manhã desta terça-feira e, com isso, os prejudicados foram os usuários. Os funcionários do transporte coletivo cruzaram os braços entre as 4h40 e 6h30, em protesto contra o não pagamento do reajuste salarial.
Trabalhadores e estudantes ficaram quase uma hora esperando ônibus nesta manhã. Quem saiu por volta das 6h de casa enfrentou além de muita espera, os ônibus lotados.