Prefeitura e Santa Casa devem assinar contrato emergencial nesta quarta
Contrato tem validade de 90 dias; Funcionários vão manter paralisação até dinheiro estar na conta do hospital
Um contrato emergencial para pagar a folha de pagamento da Santa Casa e o repasse de R$ 20 milhões ao mês deve ser assinado nesta quarta-feira (11) entre a unidade e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). De acordo com a secretaria, o contrato tem validade de 90 dias e durante este período será discutido um possível aumento no repasse feito ao hospital e assinatura do contrato anual.
A Sesau vai repassar o valor referente ao mês de dezembro, um total de R$ 20 milhões, sendo R$ 3,2 milhões de contrapartida da Prefeitura de Campo Grande, até amanhã (12) e o valor refente ao mês de novembro, de R$ 3,2 milhões, ainda depende da decisão judicial, pois a cobrança foi judicializada pelo hospital.
"Foi estabelecido um prazo de negociação de 90 dias para que possa continuar os pagamentos na mesma condição e neste período negociar um novo contrato", diz a Sesau.
O acordo foi firmado durante a reunião de ontem (10) entre a Santa Casa, a Sesau, PGM (Procuradoria Geral do Município) e Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle).
Com o repasse a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) - que administra o hospital - deve fazer o pagamento dos funcionários até sexta-feira (13). De acordo com a ABCG o contrato tem validade até o dia 31 de março e vai garantir o repasse a unidade.
Paralisados - O presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem), Lázaro Santana, declarou que os funcionários vão manter a paralisação de 70% até que tenha uma confirmação do repasse estar na conta do hospital. Os 'grevistas' estão se reunindo desde segunda-feira (9) no saguão da Santa Casa.
"Vamos voltar a trabalhar quando for assinado o contrato e quando confirmar o recebimento. Só assim voltamos aos setores e esperamos o pagamento", ressaltou.
Diogrande - Nesta quarta-feira a Prefeitura de Campo Grande publicou no Diário Oficial um termo aditivo no valor de R$ 500 mil para ser repassado ao hospital. O aditivo tem como objeto o auxilio no custeio da instituição, considerando a superlotação do pronto socorro.