Prefeitura estica prazo para entrega de obras do “elefante branco” da Capital
Entrega que estava prevista para novembro deste ano ganhou acréscimo de 270 dias e ficará para março de 2024
A novela parece nunca ter fim. A prefeitura publicou no Diogrande desta quarta-feira (26) a prorrogação no prazo de execução da reforma e adequação para o uso do Centro Municipal de Belas Artes, no bairro Cabreúva, considerado o maior “elefante branco” da Capital, iniciado em 1991 pelo então governador Pedro Pedrossian para ser a nova rodoviária da Capital.
Agora, a entrega que estava prevista para novembro deste ano ganhou acréscimo de 270 dias, total de 8 meses, com expectativa de entrega para março de 2024.
A empresa Campana e Gomes Engenharia, segunda colocara no certame aberto em 2021, assumiu o projeto em outubro de 2022, após rescisão do contrato com a empresa Orkan Construtora. O projeto prevê finalizar cerca de 40% pelo valor de R$ 4.400.243,24, sendo R$ 3.943.223,63 do contrato inicial e R$ 457.019,61 de aditivos.
O projeto em execução prevê elevadores; salas de artesanato, de artes plásticas, de dança, de literatura; copa; alojamentos; depósitos e outras salas. Também estão previstas a desobstrução da canalização de água e esgoto e intervenções no subsolo, onde, em princípio, poderá funcionar o Arquivo Histórico Municipal, com espaço para o acervo do arquivo municipal e biblioteca.
Novela - A obra, que originalmente abrigaria o novo terminal rodoviário da Capital, foi iniciada em 1991, mas foi paralisada três anos depois, porque consideraram que o local não poderia servir como nova rodoviária por conta da localização e espaço já limitado.
Em 2006, o Governo do Estado repassou o prédio para a prefeitura. Para essa nova fase, o projeto seria executado por partes - a primeira foi em 2008, a partir de contrato de mais de R$ 6 milhões com a Mark Engenharia.
Em 2013, com 80% executado, a empreiteira não concluiu por conta de atraso nos pagamentos das medições realizadas e o município paralisou a obra. A empresa recorreu ao Poder Judiciário para que os pagamentos fossem feitos.
Em 2017, a prefeitura assinou termo com o MP-MS para retomar a obra. Nova licitação foi lançada em 2019 e, em 2020, a empresa foi contratada.
Em maio daquele ano, a Justiça suspendeu a obra ao descobrir que o município ainda devia à empresa que começou a execução. Então, a empresa licitada desistiu do contrato em função de defasagem dos valores dos materiais, que ficaram mais caros. Após meses de indefinição, uma nova licitação foi lançada em outubro de 2021, resultando na classificação da Orkan, que assumiu o projeto em fevereiro deste ano, mas rescindiu o contrato.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.