Obras paralisadas serão discutidas em audiência na Capital
Câmara Municipal vai analisar situação de obras públicas de Campo Grande
A Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores de Campo Grande vai promover nesta quarta-feira uma audiência pública, a partir das 9h, para debater sobre as obras públicas inacabadas em Campo Grande. A inciativa partiu do vereador Andre Luis (Rede).
Os vereadores têm se reunido com secretários municipais nos últimos dias para debater a atuação da Administração Municipal. Na sexta-feira, a secretária de Finanças e Orçamento, Maria Helena Hokama, participou de audiência para apresentar os balancetes de receitas e despesas referentes ao ano de 2022 e ouviu pedidos de que a prefeitura disponha de mais recursos para investimentos.
Nesta segunda-feira foi a vez do secretário de Saúde, Sandro Benites, fazer um balanço para os parlamentares.
Na reunião de amanhã, os vereadores devem apresentar reivindicações da comunidade sobre obras que não foram concluídas. O Centro Municipal de Belas Artes, na Avenida Ernesto Geisel, é uma das obras abandonadas mais famosas da Capital, iniciada pelo já falecido ex-governador Pedro Pedrossian, sendo retomada e paralisada em várias ocasiões. Acabou repassada ao município e teve novo trecho iniciado no final do ano passado, com promessa de entrega até o fim deste ano.
Há ainda obras paralisadas de EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil) em vários bairros. No início deste ano, a reportagem mostrou a situação das unidades dos bairros São Conrado e Jardim Indápolis, em situação de abandono, tomadas pelo mato e com depredação da estrutura já edificada.
Outras obras conhecidas na cidade que não foram concluídas são o Parque Cônsul Assaf Trad, na saída para Cuiabá, e a parte da antiga estação rodoviária que pertence ao Município, no Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu, na Rua Dom Aquino.
Na metade de 2022, a prefeitura anunciou financiamento de R$ 15,3 milhões do governo federal e contrapartida local de R$ 1,2 milhão para obras que deveriam ser concluídas no prazo máximo de 360 dias. A proposta é revitalizar a região, com retomada de atividade comercial e valorização de uma área que perdeu a movimentação com o passar dos anos.
Prefeitura – A Administração Municipal informou que a retomada e a conclusão de obras são prioridades declaradas pela prefeita Adriana Lopes. A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos pontuou que diferentes situações podem ter levado à paralisação de obras, desde mudanças em projetos para atender exigências federais, que seria o caso de EMEIs, à substituição de empresas, que foram contratadas e não prosseguiram com a empreitada.
O compromisso é analisar todos os contratos, fazer as adequações necessárias para que todos sejam cumpridos, conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura.