Prefeitura promete retirar "favelinha" e retomar patrimônio da esplanada
Moradores de barracos na antiga estação serão notificados e efetivo de guardas vai ampliar.
Aumento do efetivo de guardas municipais e notificação aos moradores de barracos da antiga garagem da estação ferroviária de Campo Grande, no bairro São Francisco. Essas são as medidas que a Prefeitura da Capital promete tomar diante da "pequena favela" que está sendo erguida e do aumento da violência e uso de drogas no local, relatados por moradores nesta quinta-feira (16).
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura informou, na tarde desta sexta-feira (17), que a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) irá enviar um fiscal para notificar quem esteja "montando moradia" no local.
A área, que já serviu de garagem para vagões de trens e hoje está completamente abandonada, com entulhos. Atualmente, cerca de 06 barracos foram erguidos há pelo menos 4 anos, por moradores de rua, segundo relatos.
A administração municipal também garante que a Guarda Civil Municipal está ampliando o efetivo da base centro para aumentar a área de atuação. Na tarde desta quinta-feira (16), uma dupla de guardas municipais motorizados fazia ronda na área da antiga garagem e na rotunda, alguns metros mais à frente.
Quanto à destinação dos prédios da estação, a Prefeitura informou que o projeto da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) é para que o local se transforme em um centro cultural. "A diretora-presidente da secretaria, Nilde Brun, esteve há poucos dias em Brasília defendendo o projeto para viabilizar os recursos", conclui.
Os prédios da estação ferroviária, atualmente, nada refletem do que já foi símbolo de empreendedorismo e prosperidade no passado. O local, completamente abandonado, está se transformando numa pequena "favela" e seria até ponto de venda e uso de entorpecentes, de acordo com relatos de moradores.
A rotunda da esplanada ferroviária também está esquecida, com o chão cheio de lixo, paredes pichadas e ambiente com muito mau cheiro.
Moradores dos bairros que rodeiam a área, relatam que usuários de drogas e de bebidas alcoólicas constantemente utilizam o lugar e fazem muita "baderna" por ser um espaço deserto, pouco iluminado e sem qualquer controle de acesso, já que não há cercas, muros ou fiscalização.