Presa pela 2ª vez em 47 dias, “Madrinha do PCC” é liberada
Jovem, de 23 anos, que participou de roubos a veículos, a mando da mulher, continuará preso
Dois dias após ser presa pela segunda vez por suspeita de liderar ordens a roubos de veículos, em Campo Grande, Márcia Paschoala Espirito Santo, a “Madrinha do PCC”, conseguiu a segunda liberdade provisória, em menos de dois meses, nesta segunda-feira (28). Assim como em maio, quando foi presa após envolvimento no sequestro de caminhoneiro que teve o veículo roubado, a líder da facção conseguiu reverter a prisão durante audiência de custódia.
Decisão do juiz Fernando Chemin Cury estipula prisão domiciliar à Paschoala, mediante monitoramento. Por isso, pelos próximos 180 dias, “Madrinha” será controlada por tornozeleira eletrônica e ficará impedida de sair de casa sem autorização judicial.
Ao contrário dela, Rafael Mendes de Olveira, de 23 anos, preso após equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar localizar um dos carros roubados em sua residência, no Jardim Colibri, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Na ocasião, ele e um adolescente apreendido confessaram a autoria do roubo de veículo Fiat Strada, assim como o roubo de uma Fiat Toro, e indicaram a “Madrinha do PCC” como a mandante dos roubos.
Após o flagrante, os jovens apresentaram versões diferentes sobre os crimes. O adolescente, de 15 anos, assumiu a “ideia” dos assaltos, assim como a “convocação” do comparsa, negando até mesmo conhecer ou ter contato com Márcia.
O adolescente disse ainda, que comprou a arma calibre 22 de um desconhecido por R$ 1 mil e que os dois veículos roubados foram escolhidos “ao acaso”.
Já Rafael relatou que é do Mato Grosso, mas foi preso por tráfico de drogas em Dourados no ano de 2017 e ficou na cadeia até março deste ano. Conheceu o adolescente assim que saiu e foi morar com ele.
No dia 24 de junho, o amigo convidou para roubar e apresentou Márcia para ele. Era a mulher, segundo conta o jovem, que teria contato de possíveis compradores para os veículos roubados. A exigência era apenas uma: os carros precisavam ser do ano ou novos. Foi assim que a Fiat Toro foi roubada, ainda no dia 24. Na sexta-feira, foi a vez da Fiat Strada ser roubada pela dupla.