Preso após foto com bebida, réu pela morte de Brunão vai para presídio
O confeiteiro Christiano Luna de Almeida, 29 anos, deixou na noite de terça-feira (4) a carceragem na Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos) onde estava detido desde a última sexta-feira (30 de junho) e foi transferido para o Presídio de Trânsito de Campo Grande, na zona leste.
Almeida estava detido desde que o juiz Aluízio Pereira dos Santos aceitou o pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul de suspender seu direito em responder o processo em liberdade após o réu ser flagrado supostamente bebendo cerveja em um restaurante, burlando as normas que lhe garantiam o benefício.
A escolha pelo Presídio de Trânsito era um pedido de sua defesa, visto que o confeiteiro é bacharel em direito, tem direito a uma carceragem diferenciada e ainda corre o risco de sofrer represálias de outros detentos pela repercussão do crime pelo qual é acusado: matar o ex-segurança Jeferson Bruno Escobar, 23, espancado na porta de uma casa norturna, em 2011.
O Campo Grande News tentou contato com os advogados de Almeida nesta manhã, mas não conseguiu resposta até a conclusão desta edição. A expectativa é que após a recusa de um novo habeas corpus no TJ do Estado, eles tentem recursos em instâncias superiores.
Com a prisão, Almeida deve, enfim ser julgado, na expectativa dos acusadores. O júri depende há seis anos de uma definição do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre pedido feito pelo assistente de acusação que pede a volta de duas qualificadoras (motivo torpe e sem chance de defesa à vítima) na acusação por homicídio.
O juiz Santos pediu no final de semana, em carta à presidente do STJ, a ministra Laurita Hilário Vaz, que o processo seja acelerado.